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    Quais são os problemas de saúde que o papa Francisco teve

    Devido à uma grave pneumonia quando jovem, pontífice teve que remover parte do pulmão

    Da CNN em Espanhol*

    O papa Francisco, que está em tratamento contra uma infeção respiratória num hospital de Roma, sofreu vários problemas de saúde ao longo dos anos, desde pneumonia – para a qual teve de retirar parte de um pulmão quando era jovem – a uma operação de diverticulite, em 2021.

    A saúde do papa está “melhorando progressivamente”, disse o Vaticano na quinta-feira (30), acrescentando que ele “descansou bem durante a noite” e está trabalhando no centro médico.

    Após sua audiência geral semanal na quarta-feira na Praça de São Pedro, o pontífice foi levado ao hospital para passar por vários exames. No início do dia, o Vaticano havia dito que a visita e os testes estavam agendados. No entanto, pouco depois, o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, informou que está com uma infecção respiratória e deve passar “alguns dias” hospitalizado.

    “Nos últimos dias, o papa Francisco queixou-se de algumas dificuldades respiratórias e esta tarde foi à Policlínica A. Gemelli para alguns exames médicos […]. Os resultados mostraram uma infecção respiratória (que exclui o contágio de Covid-19), o que exigirá alguns dias de terapia médica hospitalar”, disse ele.

    Pneumonia grave na juventude

    Quando tinha 21 anos, o papa teve o lobo superior do pulmão removido após uma pneumonia grave.

    Nos últimos anos, como pontífice, Francisco tem sido frequentemente visto com uma bengala e às vezes até usa uma cadeira de rodas devido a dores no joelho direito.

    No ano passado, ele cancelou uma viagem à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul depois que os médicos lhe disseram que ele também poderia perder uma viagem subsequente ao Canadá, a menos que concordasse com mais 20 dias de terapia e descanso para o joelho. Ele finalmente viajou para a República Democrática do Congo e o Sudão do Sul em fevereiro.

    Francisco também tem diverticulite, uma doença comum que pode causar inflamação ou infecção do cólon. Em 2021, ele passou por uma cirurgia para retirar parte do cólon.

    Carta de renúncia assinada

    Em dezembro de 2022, Francisco revelou em entrevista ao jornal espanhol ABC que já havia assinado sua carta de demissão para ser usada caso sofra de uma “deficiência”.

    Papa Francisco durante visita a Kinshasa, na República Democrática do Congo / 03/02/2023 REUTERS/Yara Nardi

    Francisco disse que escreveu a carta há vários anos e a entregou ao então secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, que renunciou em 2013.

    “Já assinei minha renúncia. O Secretário de Estado na época era Tarcísio Bertone. Eu assinei e disse: ‘Se fiquei incapacitado por motivos médicos ou qualquer outra coisa, aqui está minha renúncia'”, disse Francisco.

    “Não sei a quem o cardeal Bertone deu essa carta, mas eu dei a ele quando era secretário de Estado”, disse Francisco, acrescentando que esta foi a primeira vez que ele falou publicamente sobre a existência da carta.

    Francisco disse que os papas Paulo VI e Pio XII também redigiram, durante seus pontificados, cartas de renúncia em caso de incapacidade permanente.

    Em 2013, o predecessor imediato de Francisco, o papa Bento XVI, tomou a decisão quase sem precedentes de renunciar, citando a “velhice” como a razão e chocando o mundo.

    Foi a primeira vez que um papa renunciou em quase 600 anos. O último papa a renunciar foi Gregório XII, que em 1415 renunciou para encerrar uma guerra civil dentro da Igreja na qual mais de um homem afirmava ser papa.

    *Com informações de Delia Gallagher e Sharon Braithwaite, da CNN.

    Este conteúdo foi criado originalmente em espanhol.

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