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    Putin visita Oriente Médio para discutir produção de petróleo pela OPEP+

    Presidente russo faz rara viagem aos Emirados Árabes Unidos e à Arábia Saudita, países onde não corre o risco de ser preso; ele vai tratar também das guerras da Ucrânia e entre Israel e o Hamas

    Américo Martinsda CNN , Dubai, Emirados Árabes Unidos

    O presidente da Rússia, Vladimir Putin, chegou nesta quarta-feira (6) ao Oriente Médio, onde vai se reunir com os líderes dos Emirados Árabes Unidos e da Arábia Saudita.

    Nos encontros, segundo o próprio Kremlin, Putin vai discutir a produção de petróleo pela OPEP+ e as guerras na Ucrânia e entre Israel e o Hamas.

    A OPEP+ é um grupo ampliado da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, um cartel criado para controlar os preços do produto através de cortes na produção.

    Além dos países que originalmente criaram a OPEP, na década de 1960, o grupo ampliado conta atualmente com a Rússia e outras noves nações, e é responsável por 40% da produção mundial.

    O governo brasileiro se envolveu numa polêmica, durante a COP28, a Cúpula Global do Clima, que também está sendo realizada nos Emirados Árabes Unidos, ao primeiro indicar que participaria da OPEP+, e depois pontuar que seria para convencer os produtores que os combustíveis fósseis vão chegar ao fim.

    Não há nenhuma indicação de que Putin compareça à COP28, um evento que vem tentando forçar os países a produzirem e consumirem menos petróleo.

    Putin já se encontrou com o presidente dos Emirados Árabes, Sheikh Mohammed Bin Zayed Al Nahyan, e vai se reunir também, em Riade, com o príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammed Bin Salman – conhecido como MBS.

    Os encontros com os líderes árabes acontecem pouco depois de os preços do petróleo terem caído, apesar da promessa da OPEP+ de reduzir ainda mais a produção.

    A última visita de Putin ao Oriente Médio aconteceu em julho de 2022, quando ele se encontrou com o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, no Irã.

    As viagens de Putin ficaram muito mais raras depois que ele foi indiciado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra cometidos na Ucrânia.

    Caso ele visite alguns dos países que reconhecem a jurisdição do tribunal, ele pode ser preso.

    Arábia Saudita e Emirados Árabes não reconhecem a corte, o que dá salvo conduto ao líder russo.

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