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    Putin quer modelo imperial da Rússia de volta, diz cientista político

    Em entrevista à CNN, Hussein Kalout analisou o cenário da guerra na Ucrânia, que já completa 20 dias de confrontos

    Isabella Galvãoda CNN*Renata Souzada CNN

    em São Paulo

    No 20º dia da invasão russa a Ucrânia, as rodadas de negociação continuam, junto aos confrontos armados. Na avaliação do cientista político e pesquisador Hussein Kalout, em entrevista à CNN, um dos objetivos da ação comandada pelo presidente russo, Vladimir Putin, é retomar o “modelo imperial” do país.

    “A questão da “sovietização”, na verdade, não que o Putin quer que a Rússia se torne uma nova União Soviética, no sentido do seu modelo econômico, mas sim no sentido do seu modelo, digamos, imperial. Resgate a áurea de uma Rússia muito grande, uma Rússia dominante, uma Rússia como polo de poder nas relações internacionais.”

    Nesta terça-feira (15), as delegações russas e ucranianas realizaram mais uma rodada de negociação. No entanto, as conversas foram interrompidas antes de serem finalizadas. Ainda hoje, a capital Kiev foi bombardeada por forças russas.

    “O objetivo basicamente é forçar o lado ucraniano a aceitar os termos propostos pelos russos e render-se”, afirmou o cientista político sobre os bombardeios.

    “Eles [as forças russas] querem tomar Kiev sem ter que avançar na batalha urbana”. Kalout explica que um conflito por terra em uma cidade grande, como a capital ucraniana, poderia se estender por muito tempo, gerando custos altos para a Rússia.

    Em relação ao tempo que os confrontos podem durar no Leste Europeu, o pesquisador não se diz otimista.

    “Acho que a guerra tende a se prolongar por mais um tempo. Esse prolongamento está consubstanciado a um objetivo de Putin, de colocar a Ucrânia “de joelhos”. E colocar a Ucrânia de joelhos significa que Zelesnky e seu governo terão que fazer grandes renúncias.”

    *Sob supervisão de Layane Serrano