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    Putin não parabenizará Biden por 4 de julho, diz Kremlin

    Relações entre Washington e Moscou se deterioraram desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro

    Joe Biden e Vladimir Putin
    Joe Biden e Vladimir Putin Foto: Reuters

    Kevin Liffeyda Reuters

    O presidente russo, Vladimir Putin, não vai parabenizar seu colega norte-americano Joe Biden no Dia da Independência dos Estados Unidos nesta segunda-feira (4) por causa das ações “hostis” de Washington em relação a Moscou, disse o Kremlin.

    “Parabéns este ano dificilmente pode ser considerado apropriado”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a repórteres em uma teleconferência. “As políticas hostis dos Estados Unidos são a razão.”

    Rússia disse que ameaças dos EUA poderiam desestabilizar ainda mais situação com a Ucrânia

    O Kremlin afirmou, em janeiro, antes do início da guerra, que ameaças do presidente americano Joe Biden sobre “possíveis consequências desastrosas” para a Rússia não ajudariam a reduzir as tensões crescentes sobre a Ucrânia, podendo até mesmo desestabilizar ainda mais a situação.

    O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, fez a observação depois que Biden previu que a Rússia faria um movimento sobre a Ucrânia. Biden afirmou que Moscou pagaria caro por uma invasão em grande escala.

    “Acreditamos que eles não contribuem de forma alguma para aliviar a tensão que agora surgiu na Europa, e que podem colaborar para [aumentar] a desestabilização da situação”, afirmou Peskov na época.

    Biden chamou Putin de “criminoso de guerra” em abril

    No início de abril, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamou as atrocidades cometidas pela Rússia e pelo presidente Vladimir Putin em Bucha, na Ucrânia, de “crime de guerra”, mas disse que não foi um genocídio, acrescentando que analisaria mais sanções à Rússia.

    “Vocês devem se lembrar que fui criticado por chamar Putin de criminoso de guerra. Bem, a verdade é que vocês viram o que aconteceu em Bucha”. Isso garante que ele é um criminoso de guerra. Mas temos que reunir as informações”, disse Biden sobre as investigações e novas medidas contra a Rússia.

    “Temos que continuar fornecendo à Ucrânia as armas de que eles precisam para continuar a luta e temos que obter todos os detalhes para que isso possa ser real – ter um julgamento por crime de guerra. Esse cara é brutal e o que está acontecendo em Bucha é ultrajante e todo mundo viu”, disse Biden a repórteres ao desembarcar em Washington.

    Questionado se os crimes cometidos em Bucha justificam a situação de genocídio, Biden disse a repórteres: “Não, acho que é um crime de guerra.”

    A Rússia nega que seja responsável pelo massacre na cidade e vê campanha de desinformação e mentiras por parte da Ucrânia. Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a cronologia dos fatos e das imagens da cidade não sustentam a versão ucraniana. O Kremlin alega que as forças russas deixaram a cidade dias antes dos corpos aparecerem.