Putin lamenta a morte de Berlusconi: “Pessoa querida, um verdadeiro amigo”
Presidente russo disse que Berlusconi "será lembrado na Rússia como um defensor consistente e íntegro do fortalecimento das relações amistosas entre nossos países"
O presidente russo, Vladimir Putin, prestou homenagem ao ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi como “um político notável” e “um verdadeiro patriota”. Berlusconi morreu nesta segunda-feira (12) em Milão, aos 86 anos.
Em mensagem enviada ao presidente da Itália, Sergio Mattarella, e publicada no site do Kremlin nesta segunda-feira, o presidente russo disse que Berlusconi “será lembrado na Rússia como um defensor consistente e íntegro do fortalecimento das relações amistosas entre nossos países”.
“Ele fez uma contribuição pessoal verdadeiramente inestimável para o desenvolvimento de parcerias russo-italianas mutuamente benéficas”, disse Putin, segundo o Kremlin.
“Os eventos mais importantes da história recente da Itália estão ligados ao nome desta pessoa notável. Silvio Berlusconi sempre colocou os interesses da pátria acima de tudo.”
A mensagem de Putin também tocou em seu relacionamento pessoal. “Para mim, Silvio era uma pessoa querida, um verdadeiro amigo. Sempre admirei sinceramente sua sabedoria, sua capacidade de tomar decisões equilibradas e previdentes, mesmo nas situações mais difíceis”, disse ele, acrescentando: “Durante cada uma de nossas reuniões, fui literalmente carregado com sua incrível vitalidade, otimismo e senso de humor. Sua morte é uma perda irreparável e um grande pesar.”
Berlusconi provocou críticas no ano passado, quando surgiu uma fita de áudio dele gabando-se de ter “restabelecido” seu relacionamento com Putin, apenas alguns meses depois que o líder russo ordenou uma invasão em grande escala da Ucrânia.
Berlusconi tentou minimizar seus comentários depois que eles foram publicados. “Não nego minha antiga amizade com Vladimir Putin, que trouxe resultados importantes, que foram alcançados em pleno acordo com nossos aliados ocidentais… Mas hoje as circunstâncias mudaram”, disse ele.
Poucos meses depois, Berlusconi estava entre um pequeno grupo de líderes mundiais incluídos nas listas de saudações de Natal de Putin, junto com nomes como o líder bielorrusso Alexander Lukashenko, o sírio Bashar al-Assad e o húngaro Viktor Orban.