Putin descarta nova mobilização adicional de combatentes para lutar na Ucrânia
Em meio a guerra, mandatário também descartou a necessidade de decretar lei marcial como fez a Ucrânia
O presidente Vladimir Putin disse nesta terça-feira (13) não ver por enquanto a necessidade de uma mobilização adicional de combatentes para lutar na Ucrânia, mas disse que tudo depende das pretensões que a Rússia deseja alcançar.
“Não há essa necessidade hoje”, disse Putin em uma reunião televisionada a correspondentes de guerra russos e blogueiros militares quando questionado sobre outra mobilização depois de declarar no ano passado o que classificou como uma “mobilização parcial” de 300 mil reservistas.
“Algumas figuras públicas dizem que precisamos de 1 ou 2 milhões”, disse Putin. “Depende do que queremos.”
“Devemos voltar para lá?” questionou Putin sobre Kiev, em alusão à “operação militar especial” na Ucrânia que não obteve os resultados esperados.
Putin também disse que a Rússia precisa combater agentes inimigos e melhorar suas defesas contra ataques dentro de seu próprio território, mas disse que não há necessidade de seguir o exemplo da Ucrânia e declarar a lei marcial.
“Não há razão para introduzir algum tipo de regime especial ou lei marcial no país”, disse Putin. “Não há necessidade de tal coisa hoje.”
A contraofensiva em larga escala da Ucrânia começou em 4 de junho e não teve sucesso em nenhuma área, disse, acrescentando que as perdas humanas ucranianas foram 10 vezes maiores.
Ele também disse que a Ucrânia perdeu mais de 160 de seus tanques e 25% a 30% dos veículos fornecidos do exterior, enquanto a Rússia perdeu 54 tanques.
A Reuters não pôde verificar suas afirmações.
Putin também disse que a Ucrânia atingiu deliberadamente a barragem de Kakhovka em 6 de junho com foguetes HIMARS fornecidos pelos Estados Unidos, uma medida que, segundo ele, também prejudicou os esforços de contra-ofensiva de Kiev.
Os objetivos da Rússia na Ucrânia podem evoluir com a situação, mas seu caráter fundamental não mudará, disse.