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    Putin culpa Ocidente por crise internacional de alimentos e energia

    Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, culpou a invasão da Rússia pelo aumento dos preços domésticos e pela escassez global de alimentos

    Mariya Knightda CNN , Em Atlanta

    O presidente russo, Vladimir Putin, reiterou que as ações de Moscou não têm nada a ver com a iminente crise energética e alimentar no mundo e novamente culpou as políticas econômicas e financeiras do Ocidente por criar tal cenário.

    Autoridades de energia atuais e anteriores dizem à CNN que se preocupam que a invasão da Ucrânia pela Rússia após anos de subinvestimento no setor de energia tenha levado o mundo a uma crise que rivalizará, ou até superará, as crises do petróleo dos anos 1970 e início dos anos 1980.

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, culpou a invasão da Rússia pelo aumento dos preços domésticos e pela escassez global de alimentos.

    Em entrevista ao canal de TV estatal Rossiya-1, realizada sexta-feira (3) e transmitida em pleno domingo (5), o líder russo culpou os Estados Unidos por “injetar grandes somas de dinheiro” em sua economia como forma de combater as consequências da pandemia de coronavírus, que levou à inflação e a uma “situação desfavorável no mercado de alimentos, porque, em primeiro lugar, os preços dos alimentos subiram”.

    Putin também culpou “a política míope dos países europeus, e acima de tudo da Comissão Europeia, no setor de energia” como outra razão para a crise no mercado de alimentos e energia.

    Assim que os preços do gás subiram, os preços dos fertilizantes “aumentaram imediatamente, porque alguns desses fertilizantes são produzidos, inclusive à custa do gás. Tudo está interligado”, disse Putin.

    “Mas nós alertamos sobre isso, e isso não tem nada a ver com qualquer operação militar da Rússia”, disse Putin.

    O Kremlin disse na semana passada que Moscou está pronta para fazer uma “contribuição significativa” para evitar a crise alimentar por meio da exportação de grãos e fertilizantes, se o Ocidente levantar “restrições politicamente motivadas” à Rússia.

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