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    Protestos no Peru bloqueiam estradas e forçam o fechamento de cinco aeroportos

    Manifestantes pedem eleições antecipadas, o fechamento do Congresso, uma assembleia constituinte e a renúncia da nova presidente Dina Boluarte

    Por Marco Aquino, da Reuters

    Manifestantes bloqueavam estradas importantes e forçaram o fechamento de cinco aeroportos no Peru em meio a protestos violentos que recrudesceram nesta sexta-feira e deixaram pelo menos 16 mortos, após a deposição e prisão do ex-presidente Pedro Castillo.

    Oito pessoas foram mortas na quinta-feira em confrontos entre forças de segurança e manifestantes em Ayacucho, segundo autoridades locais, depois que um painel da Suprema Corte ordenou a prisão preventiva de 18 meses para Castillo enquanto ele é investigado por acusações de “rebelião e conspiração”.

    Os manifestantes pedem eleições antecipadas, o fechamento do Congresso, uma assembleia constituinte e a renúncia da nova presidente Dina Boluarte , que substituiu Castillo depois que ele foi afastado do cargo por votação do Congresso horas depois de tentar dissolver o Parlamento.

    Castillo nega irregularidades e diz que continua sendo o presidente legítimo do país.

    O número de mortos nos protestos pode chegar a 20, disse Eliana Revollar, chefe da defensoria pública do Peru, em entrevista à rádio local RPP.

    Em Ayacucho, os manifestantes incendiaram o Judiciário local e o gabinete da promotoria, e as forças de segurança usaram armas para repelir ataques ao aeroporto e outros lugares, disse Revollar.

    Uma queixa-crime foi apresentada aos promotores especializados em direitos humanos da província de Ayacucho, Huamanga, a fim de determinar “a responsabilidade pelas graves violações que têm afetado a vida e a integridade das pessoas”, informou a defensoria em comunicado.

    O governo de Boluarte anunciou um estado de emergência na quarta-feira, concedendo poderes especiais à polícia e limitando as liberdades, incluindo o direito de reunião, mas parece ter tido pouco efeito em conter os protestos.

    Marco Aquino (Reuters)

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