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    Promotores dos EUA acusam Organizações Trump de esquema de crimes fiscais

    Além das Organizações Trump, o diretor financeiro (CFO), Allen Weisselberg, também foi acusado de 15 crimes

    Ex-presidente dos EUA Donald Trump durante conferência em Orlando
    Ex-presidente dos EUA Donald Trump durante conferência em Orlando Foto: Joe Skipper/Reuters (28.fev.2021)

    Erica Orden e Kara Scannell, da CNN

    Os promotores de Nova York acusaram, nesta quinta-feira (1º), o conglomerado de empresas de negócios e investimentos do ex-presidente americano Donald Trump. Além das Organizações Trump, o diretor financeiro (CFO), Allen Weisselberg, também foi acusado de 15 crimes em conexão com um suposto esquema de crimes fiscais que remonta a 2005.

    Os promotores no tribunal disseram que as acusações incluem um esquema de fraudes, conspiração, fraude fiscal criminosa, falsificações em processos de arquivamento e falsificação de registros comerciais.

    A acusação também alega que Weisselberg sonegou US$ 1,76 milhão em impostos no período iniciado em 2005 e que ele escondeu por anos que era residente na cidade de Nova York, evitando assim pagar imposto de renda municipal. Weisselberg se declarou inocente na tarde desta quinta-feira.

    Os promotores dizem que têm armazenados digitalmente depoimentos de júri, registros contábeis, registros fiscais e depoimentos de potenciais testemunhas.

    Weisselberg tentou ocultar sua participação no esquema com o conhecimento das Organizações Trump, disseram os promotores.

    “Mesmo agora, não houve nenhuma tentativa de impor disciplina aos membros da empresa”, disse o promotor de Manhattan, Carey Dunne. “Não há exemplo mais claro de uma empresa que deva ser considerada (responsável).”

    O próprio ex-presidente Donald Trump não foi acusado diretamente.

    A acusação contra as Organizações Trump é o produto de mais de dois anos de investigação pelo promotor distrital, Cyrus Vance Jr.. Uma investigação que começou com perguntas sobre práticas contábeis vinculadas a pagamentos secretos feitos pelo ex-advogado de Trump, Michael Cohen, e eventualmente levou a uma briga na Suprema Corte por causa de uma intimação para divulgação dos documentos fiscais de Trump.

    É raro, de acordo com advogados especializados em casos de evasão fiscal, que promotores ajuízem acusações exclusivamente relacionadas a benefícios indiretos fornecidos por uma empresa e, nas últimas semanas, advogados do conglomerado de Trump se reuniram com promotores no escritório de Vance, na esperança de persuadi-los de não fazer a acusação formal.

    O conglomerado divulgou um comunicado nesta quinta-feira dizendo que Weisselberg está sendo usado pelos promotores de Manhattan “como um peão em uma tentativa de prejudicar o ex-presidente”.

    “O promotor está abrindo um processo criminal envolvendo benefícios para funcionários que nem a Receita Federal nem qualquer outro promotor distrital jamais pensaria em trazer. Isso não é justiça; isso é política”, disse o comunicado, atribuído a um porta-voz das Organizações Trump.

    (Texto traduzido, leia original em inglês aqui)

    Promotores dos EUA acusam Organizações Trump
    Allen Weisselberg, ao centro, CFO da Trump Organization, se apresentou ao escritório do promotor público de Manhattan, em Nova York
    Foto: Jefferson Siegel/The New York Times/Redux