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    Programa-piloto nos EUA substitui policiais por profissionais da saúde

    Nos 748 chamados atendidos por profissional de saúde, todas as pessoas foram encaminhadas para abrigos e ninguém foi preso

    Heloísa Villela e Stela Jordy , Da CNN, em Nova York e em São Paulo

     

    Nos Estados Unidos, uma em cada quatro mortes causadas por oficiais envolve alguém com doença mental grave. Um programa-piloto adotado em Denver, no Colorado (EUA), está mudando essa estatística ao substituir policiais por profissionais da saúde nas chamadas que envolvem abuso de substâncias ou pessoas com a saúde mental comprometida. 

    A mudança já tem gerado resultados positivos. De junho a dezembro de 2020, em 748 chamados atendidos por uma dupla que continha uma profissional de saúde, todas as pessoas foram encaminhadas para abrigos ou centros de tratamento, e ninguém foi preso — o que certamente aconteceria caso tivessem sido atendidos por policiais. A medida desafoga os departamentos jurídicos e a própria polícia.

    O diretor de polícia de Denver, Scott Snow, é um dos idealizadores da proposta e conta que desde 2012 o currículo dos policiais vem sendo revisado e começaram a ser adotados treinamentos específicos para intervenção de crise.

    “A ideia não era excluir a polícia, mas se perguntar qual é a melhor abordagem que o departamento de polícia poderia oferecer, especificamente, em casos de necessidade de saúde”, diz Snow. 

    Programa em Denver (EUA) substitui policiais por profissionais de saúde
    Programa em Denver (EUA) substitui policiais por profissionais de saúde
    Foto: Reprodução / CNN

    O projeto foi viabilizado após, em 2018, a própria população da cidade ter votado a favor da criação de um programa para tratar doenças mentais e dependências químicas. Com um imposto de 0,25% sobre as vendas do comércio local, eles levantaram US$ 35 milhões, a fim de colocar a ideia em prática. 

    Os profissionais da saúde não atendem chamados que envolvem alguém armado, mas socorrem pessoas à beira de um suicídio, por exemplo. Para a assistente social Carleigh Seilon, que integra a equipe, solucionar os problemas sem julgar os envolvidos é um dos focos de sua atuação.

    “Na rua, me visto de forma casual e me apresento sempre tentando ajudar os outros e sendo acolhedora, agindo de forma não julgadora, tentando ouvir a necessidade das pessoas e criando soluções para os problemas do momento”, diz Carleigh.

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