Prisioneiros ucranianos são apresentados como “voluntários” pelo exército russo
Segundo imprensa da Rússia, prisioneiros de guerra se ofereceram para lutar por Moscou nas linhas de frente


Um grupo de ex-militares ucranianos, incluindo prisioneiros de guerra, se ofereceu para integrar as linhas de frente da Rússia e lutar contra a Ucrânia. A informação foi divulgada pela RIA Novosti, a agência estatal de Moscou.
Nesta semana, um vídeo publicado pela agência, mostrava dezenas de homens, supostamente ucranianos, vestindo unformes de combate e segurando rifles, enquanto prestavam juramento à Rússia em uma cerimônia.
Não ficou claro quantos homens havia na unidade. A CNN não pode verificar de forma independente se o grupo entrou para a unidade de forma voluntária ou sob coação.
A RIA Novosti afirma que os homens fazem parte do “primeiro batalhão de ex-soldados das Forças Armadas Ucranianas – um batalhão de voluntários chamado Bogdan Khmelnitsky”, em referência a um comandante militar do século 17.
O Instituto para o Estudo da Guerra, uma Think Tank com sede em Washington, nos Estados Unidos, afirmou que a Rússia havia recrutado 70 prisioneiros de guerra ucranianos em outubro do ano passado, citando a imprensa russa.
Segundo a Cruz Vermelha Internacional, coagir prisioneiros de guerra a servir em forças opostas seria uma violação das Convenções de Genebra de 1949 que foram adotadas por todas as nações.
Vale ressaltar que, embora em número menor, soldados dissidentes russos, alinhados com a Ucrânia, também já se voltaram contra o exército da Rússia.
Confronto estagnado
A batalha entre Rússia e Ucrânia permanece travada. Nenhum dos dois países fez avanços signficativos nos últimos meses.
Nesta semana, Volodymyr Zelensky, líder ucraniano, rejeitou uma declaração feita por um de seus generais durante uma entrevista, em que disse que o confronto atingiu um nível de tecnologia que coloca os dois países em um impasse e que é provável que avanços importantes não aconteçam.