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    Príncipe William relembra rainha Elizabeth II em discurso e cita saudade

    Integrante da Família Real Britânica falava sobre o combate ao comércio ilegal de animais selvagens

    Michael Holdendda Reuters

    O príncipe William falou nesta terça-feira (4) sobre a “saudade da avó”, a rainha Elizabeth II. O comentário foi feito durante pronunciamento pedindo ações para o combate ao comércio ilegal de animais selvagens.

    Em seu primeiro discurso desde que se tornou príncipe de Gales, após a morte da monarca no mês passado, William lembrou como ele foi influenciado a se preocupar com o meio ambiente por seu pai, o agora rei Charles III, e seus avós, Elizabeth e o príncipe Philip.

    “O nosso mundo natural é um dos nossos maiores bens. É uma lição que aprendi desde jovem, com meu pai e meu avô, ambos naturalistas comprometidos por direito próprio, e também com minha saudosa avó, que se importava tanto com o mundo natural”, destacou.

    “Em tempos de perda, é um conforto honrar aqueles que sentimos falta pelo trabalho que fazemos”, ressaltou o príncipe em uma cúpula no Museu de Ciências de Londres, onde 300 personalidades importantes do setor privado, organizações conservacionistas e policiais se reuniram.

    William, que faz campanha há alguns anos sobre o assunto, alertou que o mundo não tem o “luxo do tempo” para combater o comércio ilegal, que movimenta até US$ 20 bilhões por ano, conforme estimado pela United for Wildlife. A prática está ligada ao crime violento, corrupção e tráfico.

    “Ainda há muitos criminosos que acreditam que podem agir impunemente, muitas vidas sendo destruídas e muitas espécies à beira da extinção devido a esse crime hediondo”, advertiu.

    William também prestou homenagem a Anton Mzimba, um guarda florestal que foi morto a tiros em uma reserva natural na África do Sul em julho.

    “As notícias devastadoras sobre o guarda florestal Anton Mzimba são uma confirmação chocante de quão cruel é o comércio ilegal de vida selvagem”, avaliou.

    “Ele enfrentou criminosos violentos e pagou o preço final. É justo que prestemos homenagem a ele e a todos os outros guardas florestais altruístas e conservacionistas da linha de frente aqui hoje”, afirmou.

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