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    Primeiro-ministro da Eslováquia passa por nova cirurgia após ser baleado

    Vice-premiê diz estar esperançoso sobre recuperação; homem suspeito pelo ataque já foi acusado na justiça

    Ayhan UyanikJan Lopatkada Reuters , em Banská Bystrica, Eslováquia

    O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, passou por uma operação de duas horas nesta sexta-feira (17) que aumentou as esperanças de sua recuperação, disse o vice-primeiro-ministro, após uma tentativa de assassinato nesta semana que chocou a Europa.

    O vice-primeiro-ministro, Robert Kalinak, também disse que qualquer decisão de transferir Fico de volta para a capital Bratislava da cidade central de Banska Bystrica, onde ele está sendo tratado, só seria tomada quando houvesse mais melhorias em sua condição.

    “Vai levar mais alguns dias para sabermos definitivamente para onde vai”, disse Kalinak a repórteres do lado de fora do hospital Banska Bystrica. “Acho que a cirurgia de hoje… nos permitirá chegar mais perto de um prognóstico positivo.”

    “Estou de melhor humor porque vejo que há progresso. Ainda é muito sério, mas para mim é esperançoso.”

    Miriam Lapunikova, diretora do hospital que trata Fico, disse que ele estava consciente e estável na unidade de terapia intensiva após a operação, que removeu tecido morto de suas feridas. Fico também passou por horas de cirurgia na quarta-feira (15) logo após ser baleado cinco vezes a curta distância.

    A polícia eslovaca acusou um homem de tentativa de homicídio. A imprensa local diz que ele é um ex-segurança de 71 anos em um shopping center e autor de três coleções de poesia. Não houve confirmação oficial de sua identidade.

    A polícia armada, também vestindo coletes à prova de bala, patrulhava fora de sua casa.

    O tiroteio foi a primeira grande tentativa de assassinato de um líder político europeu em mais de 20 anos e gerou condenação internacional. Analistas políticos e legisladores dizem que o crime expôs um clima político cada vez mais febril e polarizado na Eslováquia e em toda a Europa.

    O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, um aliado político de Fico, disse à rádio pública nesta sexta-feira (17) que, mesmo que o líder eslovaco realize uma recuperação total, ele não poderá trabalhar por meses – e isso em um momento crítico para o continente, que enfrenta eleições para o Parlamento Europeu no início de junho.

    “Estamos diante de uma eleição que decidirá não apenas sobre os membros do Parlamento Europeu, mas junto com a eleição dos EUA. Pode determinar o curso da guerra e da paz na Europa”, disse Orban.

    Fico e Orbán criticaram o fornecimento de armas ocidentais à Ucrânia e a imposição de sanções à Rússia.

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