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    Primeira-ministra de Moldova pede mais ajuda para refugiados: “Estamos no limite”

    Cerca de 230 mil pessoas cruzaram a fronteira da Ucrânia para o país

    Ucranianos que fugiram de guerra aguardam para embarcar em ônibus próximo à fronteira com a Polônia -(Omar Marques/Getty Images)
    Ucranianos que fugiram de guerra aguardam para embarcar em ônibus próximo à fronteira com a Polônia -(Omar Marques/Getty Images) Getty Images

    Ivan Watsonda CNN

    Em entrevista exclusiva à CNN no domingo (6), a primeira-ministra da Moldávia, Natalia Gavrilita, pediu para a comunidade internacional intervir na questão dos refugiados ucranianos, que estão deixando o país aos milhares.

    “Estamos vendo uma crise humanitária extraordinária. Cerca de 230 mil pessoas cruzaram a fronteira da Moldova da Ucrânia, e cerca de 120 mil optaram por ficar. E 96 mil são cidadãos ucranianos”, disse Gavrilita.

    Esse número representa 4% de toda a população de Moldova, que tem 2,6 milhões de habitantes. “Uma em cada oito crianças de Moldova é agora um refugiado. A primeira-ministra condenou fortemente a invasão da Rússia na Ucrânia e acrescentando que o governo de seu país estava fazendo o possível para apoiar os refugiados, mas sua capacidade é limitada.

    “Não teríamos sido capazes de lidar com esse fluxo maciço se não fosse pela extraordinária solidariedade das pessoas. Pelo menos três quartos dos refugiados estão com famílias. Muitos ucranianos têm amigos ou parentes em Moldova, mas também pessoas comuns acabam por acolher famílias ucranianas e as convidam para suas casas”, afirmou Gavrilita.

    Ela pediu para a União Europeia criar corredores para ajudar os refugiados a se deslocarem para outros países e fez um alerta. “Depois de apenas 10 dias de guerra, estamos no limite. Acho que o fluxo de refugiados é maior e mais rápido do que as previsões indicavam”, afirmou a chefe de Estado.

    No domingo, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, assegurou à Moldova que os Estados Unidos apoiam as aspirações do país de ingressar na União Europeia, mas que o processo será decidido pela organização dos países.

    Moldova solicitou formalmente na quinta-feira (3) a adesão à União Europeia. A medida deve irritar Moscou, que tem cerca de 1.500 soldados baseados na região separatista da Transnístria, no leste moldovo.

    Blinken disse que os EUA estão fornecendo US$ 18 milhões nos próximos anos para “fortalecer e diversificar” o setor de energia do país. Moldova depende muito do gás russo.

    “A independência [energética] e a segurança energética são realmente críticas para manter a soberania e a independência”, disse o secretário de Estado.