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    Jill Biden culpa crises globais por progresso “paralisado” na Casa Branca

    Em meio à aprovação de 33% do presidente americano, a primeira-dama dos EUA diz que Joe Biden tem sido constantemente desafiado por crises inesperadas

    Kate Bennettda CNN

    A primeira-dama dos EUA, Jill Biden, expressou frustração no sábado (17) sobre o progresso “paralisado” do mandato do presidente Joe Biden na Casa Branca. A declaração ocorreu durante uma arrecadação de fundos privada do Comitê Nacional Democrata.

    A primeira-dama disse durante o evento em Nantucket, Massachusetts, que seu marido tem sido constantemente desafiado por crises inesperadas enquanto estava no cargo, culpando os problemas globais.

    As observações de Biden ocorreram quando o índice de aprovação do presidente está em 33%, de acordo com uma pesquisa recente do New York Times e do Siena College, que também observou que apenas 13% dos americanos dizem que o país está indo na direção certa.

    “[O presidente] tinha tantas esperanças e planos para as coisas que ele queria fazer, mas toda vez que você se virava, ele tinha que resolver os problemas do momento”, disse Biden, falando para cerca de duas dúzias de participantes em uma casa particular na popular ilha de férias na costa de Massachusetts.

    Jill Biden também anunciou que espera se encontrar na próxima semana com Olena Zelenska, a primeira-dama da Ucrânia, com quem se encontrou pela última vez em maio, durante uma viagem não anunciada à Ucrânia. Ela não deu detalhes sobre a agenda de sua próxima reunião, e a CNN entrou em contato com o escritório de Biden para mais detalhes.

    Na frente doméstica, a primeira-dama observou a violência armada, a importante decisão da Suprema Corte sobre Roe v. Wade (que garante o direito ao aborto) e a guerra na Ucrânia como problemas que o presidente não previu.

    “Ele teve tantas coisas jogadas em seu caminho”, disse ela. “Quem teria pensado sobre o que aconteceu [com a Suprema Corte derrubando] Roe v Wade? Bem, talvez tenhamos previsto, mas ainda não acreditamos. A violência armada neste país é absolutamente terrível. Não vimos a guerra na Ucrânia chegando.”

    Biden disse que ela também se sentiu prejudicada em seu papel de primeira-dama e foi inesperadamente puxada em outras direções do curso que pretendia inicialmente.

    “Eu estava dizendo a mim mesma: ‘Ok, eu fui segunda-dama. Trabalhei em faculdades comunitárias. Trabalhei com famílias de militares. Trabalhei com câncer.’ Eles deveriam ser minhas áreas de foco. Mas quando chegamos [na Casa Branca], eu tinha que ser, com tudo o que estava acontecendo, a primeira-dama do momento.”

    A primeira-dama compartilhou sua frustração com a reviravolta no mês passado à decisão sobre Roe v. Wade, que acabou com o direito constitucional federal ao aborto.

    Jill acrescentou que, embora tenha apoiado o direito de protestar, ficar com raiva da decisão, em sua opinião, não é suficiente – contradizendo as declarações do presidente na semana passada, onde ele incentivou as mulheres a “continuar protestando”, acrescentando que protestar é “criticamente importante.”

    Ela disse que disse a seus próprios familiares que deveriam pensar em fazer mais do que protestar.

    “Tantas meninas, incluindo minhas próprias netas, foram até a Suprema Corte e marcharam. Eu digo: ‘Ok, bom para você. Mas o que você vai fazer a seguir? Você se sente bem consigo mesmo porque expressou sua opinião, mas o que você vai fazer a seguir? Qual é o seu plano?'”

    A Casa Branca reconheceu que um caminho a seguir para restabelecer o direito ao aborto é estreito e, neste momento, indeterminado.

    Jill Biden também criticou o Congresso durante seus comentários, culpando os republicanos pela agenda estagnada do governo. O amplo plano Build Back Better de Joe Biden – que teria expandido a rede de segurança social do país – sofreu seu último golpe nesta semana quando o senador da Virgínia Joe Manchin, um democrata moderado, descartou a inclusão de quaisquer disposições climáticas ou fiscais no projeto.

    Em um Senado estreitamente dividido, os democratas precisavam do apoio de Manchin para aprovar a legislação ao longo das linhas partidárias em um processo chamado reconciliação orçamentária, que exige que todos os 50 membros da bancada democrata concordem em avançar na legislação.

    “Eu sei que há tantos opositores que dizem que seremos derrotados nas eleições intermediárias. Ok. Os republicanos estão trabalhando duro, eles se unem, para o bem ou para o mal. Então, temos que trabalhar mais”, disse ela.

    O evento de sábado marcou o segundo evento de arrecadação de fundos do DNC que a primeira-dama participou durante uma viagem de dois dias para Massachusetts. Na quinta-feira, ela fez comentários, predominantemente focados na ação política, em um evento privado em Andover.

    Jasmine Wright, da CNN, contribuiu para esta reportagem

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