Primárias na Argentina: vaga da oposição tem disputa acirrada entre Bullrich e Larreta
Ambos disputam a vaga de candidato à presidência do país pela principal chapa oposicionista; pré-candidato de extrema-direita Javier Milei tem 20% dos votos
As eleições primárias na Argentina têm um embate acirrado pela candidatura da oposição à Presidência. A ex-ministra Patricia Bullrich e o prefeito de Buenos Aires, Horacio Larreta, estão empatados com 16%, segundo a mais recente pesquisa divulgada pelo instituto Opina.
Eles integram a coligação Juntos pela Mudança, a principal chapa oposicionista do pleito deste ano
Do lado do governo, o atual ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, tem 28% das intenções de voto. O adversário dele na chapa governista União pela Pátria, o ativista Juan Grabois, conta com apenas 3% das intenções.
Governo x Oposição
Se somados os votos por coligação, a coligação da oposição tem mais intenções de voto que os governistas. O Juntos pela Mudança tem 32% dos votos; o União pela Pátra, 31%.
Fora da polarização, há o candidato de extrema direita Javier Milei, com 20% dos votos em sua chapa A Liberdade Avança. Os números representam uma queda em relação às últimas pesquisas, que chegaram a apontar o economista com 30% das intenções.
Os demais candidatos, somados, receberam 12% das indicações de votos, enquanto 8% dos entrevistados afirmaram que estão indecisos ou que não votarão em ninguém.
O que são as primárias
Marcadas para acontecer neste domingo (13), as primárias argentinas definirão os candidatos à Presidência da Argentina.
As primárias são chamadas no país de Paso (Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias), pois são abertas e obrigatórias a todos os eleitores argentinos.
Neste ano, além dos candidatos ao Parlamento do Mercosul, à Câmara dos Deputados e ao Senado, as primárias também definirão quem concorrerá à presidência e vice-presidência da Nação Argentina.
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O voto nessas eleições também é obrigatório. Se o eleitor não votar nas primárias, também entrará no cadastro de infratores e terá que pagar multa, a menos que justifique por motivos médicos ou distância.
As Paso definirão todos presidenciáveis. As eleições presidenciais propriamente ditas estão marcadas para 22 de outubro.
Os candidatos precisariam de 45% para vencer a eleição geral já no primeiro turno, ou 40% com uma vantagem de 10 pontos sobre o segundo colocado. Se nenhum partido conseguir isso, haverá um segundo turno em 19 de novembro.
(Publicado por Fábio Mendes)