Presidente do Equador ordena controle de armas nas proximidades das prisões
Decreto estabelece que as Forças Armadas assumam o controle de armas de fogo, munições e explosivos em todas as vias autorizadas para entrada nas prisões do país
O presidente do Equador, Daniel Noboa, publicou na quinta-feira (23) um novo decreto ordenando que as Forças Armadas assumam o controle das armas de fogo, das munições, dos explosivos e dos acessórios em todas as vias autorizadas para a entrada nas prisões do país.
A medida soma-se à ordem que o governante emitiu em 20 de fevereiro para os militares controlarem o interior das prisões, onde estarão “até que seja necessário”, disse o chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas, Jaime Vela.
O decreto argumenta que na consulta popular de abril uma ampla maioria dos cidadãos respondeu “Sim” à pergunta 6: “Você concorda que as Forças Armadas realizem controle permanente de armas, munições, explosivos e acessórios nas rotas, caminhos, vias e corredores autorizados a entrar nos centros de reabilitação social?”.
Com base nesse resultado, o presidente equatoriano ordenou que as forças do país assumam uma nova tarefa de controle de armamentos.
Segundo o decreto, as forças deverão agir em conjunto com a Polícia Nacional e com o Sistema Nacional de Reabilitação Social e de Atenção Integral a Adolescentes Infratores.
A medida é publicada na data em que Noboa cumpre seis meses de serviço e apenas um dia depois que declarou estado de emergência em sete províncias como medida para combater organizações que considera narcoterroristas.
Em 9 de janeiro, o governante emitiu um decreto ainda vigente sobre a existência de um conflito armado interno no Equador e designou como terroristas 22 grupos do crime organizado.
Nesta sexta-feira (24), Noboa dará seu primeiro relatório à nação.