Presidente da França diz que envio de tropas para Ucrânia não pode ser descartado
Conferência sobre ajuda à Ucrânia acontece em Paris; Emmanuel Macron destacou que decisões sobre auxílio estão atrasadas
O envio de tropas ocidentais para a Ucrânia “não pode ser descartado”, disse o presidente francês, Emmanuel Macron, nesta segunda-feira (26), após organizar uma conferência em Paris, onde os líderes europeus discutiram a perspectiva.
“Não houve acordo nesta noite para enviar oficialmente tropas para o terreno, mas não podemos excluir nada”, destacou aos repórteres.
A conferência de ajuda à Ucrânia reuniu representantes dos 27 países membros da União Europeia, incluindo 21 chefes de Estado e de governo, anunciou.
“Faremos tudo o que pudermos para impedir que a Rússia ganhe esta guerra. E digo isso com determinação, mas também com a humildade coletiva que precisamos ter, à luz dos últimos dois anos”, advertiu.
“As pessoas que hoje disseram ‘nunca’ [sobre envio de tropas] foram as mesmas que disseram nunca para [envio de] aviões, mísseis de longo alcance, caminhões. Disseram tudo isso há dois anos”, comentou.
“Muita gente nesta mesa disse que ‘vamos oferecer capacetes e sacos de dormir’, e agora dizem que precisamos de fazer mais para conseguir mísseis e tanques. Temos que ser humildes e perceber que sempre nos atrasamos de seis a oito meses”, pontuou Macron.
O chefe de Estado francês também anunciou que será criada uma nova coligação para fornecer “mísseis e bombas” de médio e longo alcance à Ucrânia.
Os líderes da União Europeia e os representantes governamentais “decidiram intensificar o lado das munições e produzir resultados tangíveis muito rapidamente” nas oito coligações que já existem, informou Macron.