Presidente da Bolívia ordena que general suspenda ação militar e pede mobilização popular
Forças Armadas tomaram praça principal na capital La Paz
O presidente boliviano, Luis Arce, exigiu nesta quarta-feira (26) que o general Juan José Zuniga desmobilizasse os soldados que tomaram a praça central da capital.
Ele afirmou que o país estava sofrendo uma tentativa de golpe.
“Ao povo boliviano e a toda a comunidade internacional. O país hoje enfrenta uma tentativa de golpe de Estado. Hoje o país enfrenta novamente interesses para que a democracia na Bolívia seja arruinada”, disse.
“Aqui estamos o governo nacional com todos os seus ministros, firmes, com o nosso vice-presidente, firmes aqui na Casa Grande (prédio do governo) para enfrentar qualquer tentativa de golpe, qualquer tentativa que ameace a nossa democracia. O povo boliviano é chamado hoje: Precisamos que o povo boliviano se organize e se mobilize contra o golpe de Estado, em favor da democracia”, Arce adicionou.
“Não podemos permitir que mais uma vez tentativas de golpe tirem vidas bolivianas. Queremos conclamar a todos a defender a democracia. E aqui estamos firmes na Casa Grande com todo o gabinete, com as nossas organizações sociais”, o líder da Bolívia afirmou.
Acre conclui: “Saudamos as organizações sociais e as convidamos para que mostrem novamente o caminho da democracia ao povo boliviano. Viva o povo boliviano. Viva a democracia”.
As Forças Armadas bolivianas e seus veículos blindados retiraram-se do palácio presidencial em La Paz na noite desta quarta-feira (26) e o general que liderou o episódio foi preso após o presidente Luis Arce denunciar uma tentativa de “golpe de Estado” contra o governo e pedir apoio internacional.
Quem é o general que liderou tentativa de golpe?
Desde 2022, Juan José Zuñiga serviu como comandante-chefe do Exército da Bolívia.
Mas, na segunda-feira (24), o militar fez declarações polêmicas contra o ex-presidente boliviano Evo Morales, dizendo que ele “não pode mais ser presidente deste país”.
Suas declarações custaram-lhe o cargo, já que o governo decidiu demiti-lo na terça-feira (25). Porém, o militar se revoltou contra o Executivo, liderando o levante.