Premiê do Paquistão sugere castração química para acusados de estupro
Em entrevista, ele afirmou que esses criminosos deveriam ser enforcados em público, mas que isso poderia prejudicar as relações comerciais do país com a UE
O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, sugeriu que os acusados de estupro e de molestar crianças sejam castrados quimicamente. Ele fez essa declaração ao ser questionado em uma entrevista sobre um caso de estupro no país que ganhou grande repercussão.
Falando nessa segunda-feira (14) ao programa “Hard Talk Pakistan”, da emissora 92 News, Khan afirmou que chegou a discutir com ministros em seu gabinete possíveis punições para esses criminosos.
“Acho que ele [estuprador] deveria ser enforcado em público. Estupradores e molestadores de crianças deveriam ser enforcados em público. Vocês não conhecem as verdadeiras estatísticas tão bem porque [os casos] são subnotificados”, declarou o premiê.
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“As pessoas não denunciam em razão do medo ou da vergonha. As mulheres ficam envergonhadas, ninguém quer falar”, afirmou.
Contudo, Khan disse que o enforcamento em público não seria internacionalmente aceito e poderia prejudicar as relações comerciais do Paquistão com a União Europeia (UE). Ele sugeriu, então, que condenados por estupro e por molestar crianças “passem por castração química ou cirurgia para que não possam fazer nada no futuro”.
Denúncia de estupro
No dia 10 de setembro, uma mulher fez uma denúncia na cidade de Lahore, alegando ter sido estuprada na noite anterior por dois homens após ficar sem combustível e seu carro quebrar, de acordo com o documento.
A mulher havia ligado para um telefone de ajuda e aguardava a chegada dos policiais com o combustível, quando dois homens a estupraram e a assaltaram, segundo as autoridades.
A polícia prendeu três homens, incluindo um dos suspeitos do crime. O outro permanece foragido. O caso está sendo investigado pela polícia de Lahore.
(Texto traduzido, clique aqui e leia o original em inglês.)