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    Precisamos de posição mais forte do Brasil, diz representante da Ucrânia em Brasília

    Encarregado de negócios Anatoliy Tkach criticou posição de imparcialidade diante dos confrontos no território ucraniano

    Larissa RodriguesGabrielle VarelaRudá Moreirada CNN , em Brasília

    O encarregado de negócios da Embaixada da Ucrânia em Brasília, Anatoliy Tkach, afirmou nesta terça-feira (1) que precisam de uma posição mais forte do Brasil sobre a guerra. “Nós gostaríamos de posição mais forte do Brasil, posição de apoio, de condenação da Rússia.”

    Anatoliy Tkach disse ainda que não entende como seria uma posição de imparcialidade de um país sobre uma guerra, ao ser questionado sobre a fala do ministro de Relações Exteriores, Carlos França.

    “Eu não sei o que é imparcialidade, nós agora sabemos quem é o agressor, não está escondendo. Por isso, a imparcialidade é a respeito do agressor, não sei. Não entendo como imparcialidade pode se aplicar nessa situação.”

    Em entrevista coletiva, o encarregado da embaixada ucraniana agradeceu o recebimento de roupas e kits de higiene a partir de ONGs, mas ponderou: “É um gesto de hospitalidade, mas para parar a agressão, precisa fazer uma pressão maior contra o agressor, cortando os laços, como alguns já estão fazendo contra a Rússia”.

    Anatoliy Tkach também agradeceu o acolhimento humanitário oferecido pelo governo brasileiro. “Agradecemos essas iniciativas do Brasil de acolher os ucranianos, não sabemos os dados de quantos podem vir, mas agradecemos aos governos estaduais, acolher, receber e orientar. São Paulo e Curitiba já se pronunciaram.”

    O representante da embaixada ucraniana no Brasil também defendeu, na coletiva de imprensa, que “a Rússia não conseguiu alcançar um dos seus objetivos principais” e que “os soldados ucranianos estão defendendo a Ucrânia”.

    “Putin começa a cometer mais crimes de guerra, tirar civis e infraestrutura civil”, acusou Tkach. “A Rússia virou tóxico, e o russo virou sinônimo de bárbaro.” O diplomata ucraniano fez, ainda, um apelo a outros países. “Pedimos que todos cortem laços com a Rússia. Fazer negócios com Rússia significa financiar agressão, crimes de guerra, desinformação e ataques cibernéticos.”

    O encarregado da embaixada ucraniana enumerou as vítimas da Rússia contabilizadas pelos ucranianos: 5.700 pessoas, entre mortos e feridos; 200 presos; 20 aeronaves; 29 helicópteros; 148 veículos blindados; 305 caminhões; 60 sistemas de combustíveis; 60 sistemas antiaéreos – de acordo com as informações de Anatoliy Tkach.

    O diplomata que representa a Ucrânia no Brasil comentou, ainda, os ataques mais recentes, como o míssil que atingiu a torre de TV em Kiev. “A capital da Ucrânia sofre ataques constantes. O som dos alarmes toca várias vezes para abrigos antiaéreos. (…) Na nossa capital, a Rússia concentra uma enorme quantidade de veículos blindados e tanques”, relatou Tkach.

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