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    Postos de controle são montados para garantir segurança de Lviv, no oeste da Ucrânia

    Autoridades do país se contradizem sobre suposta presença de helicópteros russos na região

    Mohammed Tawfeeqda CNNPavel PolityukNatalia Zinetsda Reuters

    Vários postos de controle de segurança foram montados em torno da cidade de Lviv, no oeste da Ucrânia, neste sábado (26), testemunharam as equipes da CNN no local.

    O prefeito da cidade confirmou a montagem dos postos de controle em um comunicado no sábado.

    “Postos de controle estão sendo montados em Lviv e na região. Eles serão colocados em todas as entradas e saídas da comunidade territorial de Lviv para verificar todas as pessoas que entram no território”, disse Andriy Sadovyi, segundo o comunicado.

    “Os postos de controle são colocados em cooperação com a polícia e as forças de defesa territorial para garantir a segurança de Lviv”, acrescentou o comunicado.

    Alguns desses postos de controle ainda estão sendo estabelecidos nas principais estradas que levam à cidade.

    Separadamente, as sirenes dispararam várias vezes na cidade, enquanto as autoridades locais em Lviv continuam pedindo aos moradores que se protejam e se desloquem para abrigos antiaéreos próximos.

    Lviv é a cidade para a qual alguns diplomatas se mudaram de Kiev, a capital, no início deste mês.

    Helicópteros russos em Lviv

    O Serviço de Segurança do Estado da Ucrânia (SBU) negou relatos feitos no início deste sábado de que helicópteros russos haviam pousado na região de Lviv, um desenvolvimento que teria sinalizado uma ampliação da invasão de Moscou.

    O prefeito de Lviv, Andriy Sadovyi, disse que a Rússia pousou três helicópteros perto da cidade de Brody, na região ocidental de Lviv, e que as forças ucranianas repeliram o ataque.

    A SBU disse que a informação era falsa e que nenhum desembarque havia ocorrido. A agência do governo ucraniano disse que um helicóptero ucraniano havia feito um voo de reconhecimento na área.

    “Pedimos aos moradores que mantenham a calma!” disse a SBU em um comunicado publicado no Facebook.

    O escritório de Sadovyi se recusou a comentar a réplica da SBU, e a SBU se recusou a fazer mais comentários.

    A administração regional de Lviv disse que as imagens que circulam nas redes sociais de um helicóptero disparando mísseis na região de Lviv eram ucranianas, não russas.

    “Em Brody – tudo está quieto!”, disse o comunicado. “Não há razão para se preocupar.”

    As forças russas atacaram cidades ucranianas, incluindo a capital Kiev, com artilharia e mísseis de cruzeiro pelo terceiro dia consecutivo no sábado.

    Batalha se intensifica

    A batalha pelo controle de Kiev, capital da Ucrânia, se intensifica ao longo deste sábado (26). Os combates se espalham pelas ruas, e explosões e tiros foram ouvidos durante a madrugada, enquanto as tropas russas avançavam sobre a cidade.

    De acordo o prefeito da capital Kiev, Vitaliy Klitschko, um prédio residencial de mais de 20 andares foi atingido por um míssil. As equipes de emergência se dirigiram ao local. Não há informações de vítimas.

    Equipes da CNN norte-americana na capital ucraniana relatam fortes explosões a oeste e sul de Kiev na manhã deste sábado. O céu, ainda escuro, iluminou-se com uma série de clarões no horizonte.

    O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse neste sábado que a capital Kiev está sob controle da Ucrânia. “Nós resistimos e estamos repelindo com sucesso os ataques inimigos. A luta continua”, disse ele em uma mensagem pelas redes sociais.

    De acordo com o governo ucraniano, um tanque e aeronaves do exército russo foram destruídas no combate desta madrugada. O Estado-maior das forças armadas informou que havia também ataques em outras cidades.

    Entenda o conflito

    Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.

    Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).

    O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.

    De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.

    Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

    Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.

    A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.

    Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.

    A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.

    * Com informações de Sarah Marsh e Madeline Chambers, da Reuters, e de Eliza Mackintosh, da CNN

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