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    Por que Xi Jinping não irá à cúpula do G20

    Primeiro-ministro Li Qiang viajará para o evento, que começa neste sábado (9), na Índia, em seu lugar

    Presidente da China, Xi Jinping, participa da cúpula da Organização para Cooperação de Xangai
    Presidente da China, Xi Jinping, participa da cúpula da Organização para Cooperação de Xangai 16/09/2022Sultan Dosaliev/Serviço de Imprensa da Presidência do Quirguistão/Divulgação via REUTERS

    Nectar Ganda CNN

    A China afirmou que o líder Xi Jinping faltará pela primeira vez a uma reunião importante das 20 principais economias do mundo. O primeiro-ministro Li Qiang viajará para o evento em seu lugar.

    A ausência de Xi na cúpula do G20, que começa neste sábado (9), ocorre num momento em que aumentam as tensões entre a China e o país anfitrião, a Índia, devido à disputa na fronteira entre os dois países e aos crescentes laços de Nova Delhi com os Estados Unidos.

    O anúncio de Pequim frustrou as esperanças de que Xi e o presidente dos EUA, Joe Biden, se encontrem, enquanto as duas superpotências procuram estabilizar suas relações.

    “Estou desapontado — mas vou vê-lo”, disse Biden aos repórteres no domingo.

    Os dois líderes falaram pessoalmente pela última vez em novembro de 2022, na Cúpula do G20 em Bali, onde se comprometeram a restaurar os canais de comunicação num esforço para evitar que as tensões crescentes se transformassem em conflitos abertos. Essa reunião foi a única vez que os dois se encontraram pessoalmente desde que Biden assumiu o cargo.

    Veja também – Análise: Racha no G20 sobre Ucrânia é desafio para o Brasil

    A ausência de Xi na cúpula do G20 também significa que ele não terá uma reunião bilateral formal com o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, uma vez que os dois vizinhos continuam em desacordo sobre a sua fronteira contestada.

    Xi e Modi concordaram em “intensificar esforços” para diminuir as tensões na fronteira no mês passado, na cúpula dos Brics na África do Sul — o que foi visto como um passo para reparar a sua relação tensa.

    Mas as tensões aumentaram novamente nos últimos dias após a Índia apresentar um “forte protesto” contra o mapa nacional da China recentemente publicado, que dizia incluir o estado indiano de Arunachal Pradesh e o disputado planalto Aksai-Chin em território chinês.

    A fronteira disputada tem sido uma fonte de atrito entre Nova Delhi e Pequim e resultou numa guerra em 1962 que terminou com uma vitória chinesa.

    As tensões aumentaram novamente em 2020, depois de uma briga mortal no Vale de Galwan que resultou na morte de 20 soldados indianos e quatro chineses.

    O presidente russo, Vladimir Putin, que enfrenta um mandado de prisão internacional por alegados crimes de guerra na Ucrânia, também não participará da cúpula. A Rússia será representada pelo seu ministro dos Negócios Estrangeiros.