Ponte que caiu sobre navio nos EUA há dois meses deve ser implodida neste domingo
Previsão é que demolição aconteça às 17h (horário de Brasília); objetivo é liberar navio que foi atingido pela ponte em março
A implosão da ponte de Baltimore, que desabou sobre um navio de carga em março, deve ser feita a partir das 17h (horário de Brasília) deste domingo (12), segundo previsões da Guarda Costeira dos Estados Unidos. A demolição era prevista para este sábado (11), mas foi adiada devido às condições do tempo.
O objetivo é derrubar o restante da ponte é permitir aos oficiais remover os destroços e, finalmente, liberar o navio de carga Dali, de 213 milhões de libras, que saiu de curso em 26 de março e atingiu um pilar da Ponte Francis Scott Key, fazendo com que caísse na água.
O colapso matou seis trabalhadores da construção e destruiu uma via crucial, ameaçando a economia no Porto de Baltimore. Na terça-feira (07), oficiais recuperaram o sexto e último corpo, permitindo que o plano de liberar o navio pudesse seguir.
Se a operação tiver sucesso neste fim de semana, a embarcação poderá ser reflutuada e retornar ao Porto de Baltimore já nesta semana.
“O método mais seguro e rápido para remover a peça da ponte de cima do M/V Dali é por cortes precisos feitos com pequenas cargas explosivas”, disse o Comando Unificado de Resposta à Ponte Key. “Esta é uma ferramenta padrão da indústria em demolições controladas que quebrará a extensão em pedaços menores”, acrescentou, “o que permitirá o trabalho de reflutuar o navio e removê-lo do canal federal.”
De acordo com o Exército dos EUA e do Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA, o processo é semelhante a “múltiplas baforadas de fumaça e soará como fogos de artifício.”
Enquanto isso, as investigações continuam sobre a causa do desastre e quem é responsável. O Comitê da Câmara sobre Transporte e Infraestrutura planeja realizar uma audiência na quarta-feira (15) sobre a catástrofe, com depoimentos esperados do presidente do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes e oficiais da Guarda Costeira, Corpo de Engenheiros do Exército e do Departamento de Transportes dos EUA.