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    Polícia escocesa detém homem que importunou príncipe Andrew durante procissão

    Jovem foi acusado de violação da paz; multidões acompanham as homenagens à rainha Elizabeth II

    Estelle ShirbonElizabeth Piperda Reuters

    Um homem que importunou o príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth II, enquanto ele caminhava atrás do caixão da monarca durante uma procissão solene em Edimburgo nesta segunda-feira (12) foi acusado de violar a paz, informou a polícia escocesa nesta terça-feira (13).

    A atitude das multidões que lamentam publicamente a rainha desde que ela morreu, na quinta-feira passada (8), foi extremamente respeitosa, mas algumas pessoas foram presas, chamando a atenção da mídia britânica, visto que o direito de protestar é altamente valorizado no país.

    “Um homem de 22 anos foi preso e acusado de violação da paz na Royal Mile por volta das 14h50 (hora local) de segunda-feira, 12 de setembro de 2022”, destacou um porta-voz da polícia.

    Imagens de televisão mostraram um homem importunando Andrew, enquanto o príncipe e seus irmãos, incluindo o rei Charles, estavam andando atrás de um carro funerário carregando o caixão da mãe.

    O incidente causou um breve distúrbio durante o qual o agressor foi puxado da multidão por um outro espectador antes que os policiais o levassem.

    Andrew, de 62 anos, renunciou aos deveres reais em 2019 após tentar justificar sua amizade com o financista e criminoso sexual norte-americano Jeffrey Epstein, que se matou naquele ano enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual.

    Em fevereiro de 2022, foi encerrado um processo contra Andrew nos Estados Unidos feito por Virginia Giuffre, uma das vítimas de Epstein. Ela acusou o príncipe de abusar dela quando era adolescente. Ele negou qualquer irregularidade e não foi acusado judicialmente de nenhum crime.

    Homenagens à rainha

    Centenas de milhares de pessoas se reuniram em lugares ligados à família real em Londres e na Escócia, onde a rainha morreu, em sua propriedade em Balmoral, para realizar homenagens e participar da procissão do caixão.

    Quase todos demonstraram respeito e tristeza, mas as prisões de um pequeno número de manifestantes foram mostradas pela imprensa e provocaram comentários nas redes sociais sobre a reação da polícia, que alguns usuários consideraram pesada.

    Um porta-voz da primeira-ministra Liz Truss disse que não comentaria as decisões de policiamento operacional, mas afirmou que o direito de protestar continua sendo um princípio fundamental.

    “Este é um período de luto nacional e, de fato, luto para a grande maioria do Reino Unido, e acho que é isso que você está vendo acontecer a cada dia”, pontuou.