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    Piloto dos EUA preso na Austrália colaborou com hacker chinês, diz advogado

    O caso de extradição será ouvido em um tribunal de Sydney neste mês, dois anos após a sua detenção na zona rural da Austrália

    Kirsty Needhamda Reuters

    Um ex-piloto da Marinha dos Estados Unidos que lutava contra a extradição na Austrália sob acusações do governo americano de treinar pilotos militares chineses para pousar em porta-aviões, trabalhou sem saber com um hacker chinês, disse seu advogado.

    Daniel Duggan, 55 anos, cidadão australiano naturalizado, temia que os pedidos de informações confidenciais por agências de inteligência ocidentais estivessem colocando sua família em risco, disse o advogado em um documento legal visto pela Reuters.

    O pedido do advogado confirma a reportagem da Reuters que vincula Duggan ao hacker de defesa chinês condenado Su Bin.

    Duggan nega as acusações de ter violado as leis de controle de armas dos EUA. Ele está em uma prisão de segurança máxima na Austrália desde sua prisão em 2022, ao retornar ao  país depois de passar seis anos trabalhando em Pequim.

    As autoridades dos EUA encontraram correspondência com Duggan em dispositivos eletrônicos apreendidos de Su Bin, disse o advogado de Duggan, Bernard Collaery, na apresentação de março ao Procurador-Geral Australiano, Mark Dreyfus, que vai decidir se entregará Duggan aos Estados Unidos, depois que um juiz ouvir o caso de extradição do ex-piloto.

    O caso será ouvido em um tribunal de Sydney neste mês, dois anos após a sua detenção na zona rural da Austrália, em um momento em que o Reino Unido alertava os seus ex-pilotos militares para não trabalharem para a China.

    Su Bin, preso no Canadá em 2014, se declarou culpado em 2016 pelo roubo de projetos de aeronaves militares dos EUA ao hackear grandes fornecedores de defesa dos EUA. Ele está listado como um dos sete co-conspiradores de Duggan no pedido de extradição.

    O ex-piloto da marinha americana conhecia Su Bin como um intermediário em uma agência de empregos da empresa de aviação estatal chinesa AVIC, escreveu o advogado Collaery, e o caso de hacking “não tinha nenhuma relação com nosso cliente”.

    Embora Su Bin “possa ter tido conexões impróprias com agentes (chineses), nosso cliente não tinha conhecimento disso”, escreveu o advogado de Duggan.

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