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    Pesquisa indica apoio global no combate às mudanças climáticas

    Levantamento com 75 mil entrevistados mostra que 80% querem ação governamental para enfrentar crise climática; taxa no Brasil é ainda maior

    Da CNN

    O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento divulgou nesta quinta-feira (20) uma pesquisa inédita que mostra o apoio global às ações governamentais que tenham como objetivo combater as mudanças climáticas. Segundo o escritório da ONU, essa é a maior consulta de opinião pública independente da história sobre o tema, com 75 mil entrevistados.

    O estudo mostra que 80% dos respondentes gostariam que seus governos tomassem ações mais firmes para enfrentar a crise climática. A proporção no Brasil foi ainda maior: 85% — taxa que é a terceira mais alta registrada entre os 20 países mais poluentes do mundo.

    “Os resultados da pesquisa – sem precedentes em termos de cobertura – revelam um nível de consenso
    verdadeiramente surpreendente. Instamos os líderes e os formuladores de política a prestarem atenção, especialmente à medida que os países desenvolvem sua próxima ronda de compromissos de ação climática”, afirmou, em nota, o administrador do Pnud Achim Steiner.

    Transição energética

    A pesquisa ainda indicou um apoio generalizado à transição energética, deixando o uso dos combustíveis fósseis para trás e ampliando a pressão por mais fontes renováveis.

    No cenário global, 72% são favoráveis a uma transição rápida para o abandono dos combustíveis fósseis. Realidade que se repete, também, nos dez países com maior produção de petróleo, carvão ou gás.

    Apenas 7% dos entrevistados disseram que seu país não deveria fazer qualquer transição.

    “Esses resultados são uma evidência inegável de que pessoas em todos os lugares apoiam ações climáticas ousadas. A pesquisa “People’s Climate Vote” deu voz a pessoas em todos os lugares – inclusive entre grupos tradicionalmente mais difíceis de pesquisar. Por exemplo, pessoas em nove dos 77 países pesquisados nunca haviam sido ouvidas sobre mudanças climáticas. Os próximos dois anos são uma das melhores chances que temos como comunidade internacional para garantir que o
    aquecimento permaneça abaixo de 1,5°C. Estamos prontos”, afirmou, também em nota, Cassie Flynn, diretora global de Mudanças Climáticas do Pnud.

    Por último, a pesquisa ainda identificou o fenômeno da ansiedade climática, que é quando cidadãos pensam, pelo menos uma vez por semana, nos efeitos que o aquecimento global terá em seu dia a dia.

    Globalmente,  56% disseram que pensavam regularmente nisso. Nos países menos desenvolvidos, a preocupação é ainda maior. Seis em cada dez moradores dessas regiões afirmam pensar cotidianamente nos reflexos da emergência climática — justamente os residentes das áreas mais vulneráveis aos eventos climáticos extremos, agravados pelo aquecimento global.

    Para a pesquisa, o Pnud realizou uma parceria com a Universidade de Oxford e com a empresa GeoPoll. Foram ouvidas 75 mil pessoas, de 87 idiomas diferentes, e a margem de erro varia entre menos de 1 ponto percentual e 3 p.p., dependendo da praça pesquisada. 

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