Peru enfrenta escassez de oxigênio em hospitais
O oxigênio triplicou de preço em algumas regiões, dizem as autoridades, à medida que a procura aumentam para famílias desesperadas
A segunda onda da pandemia do novo coronavírus deixou muitos hospitais peruanos sem oxigênio para pacientes críticos da doença, deixando famílias de pacientes forçados a se defenderem sozinhos.
Em Lima, longas filas se formaram conforme amigos e parentes de pacientes buscam pelos últimos cilindros de oxigênio disponíveis na capital. O oxigênio triplicou de preço em algumas regiões, dizem as autoridades, à medida que a procura aumentam para os desesperados.
O Peru registra mais de 1,3 milhão de infecções por coronavírus e quase 46.500 mortes, além hospitais lotados de pacientes.
“Tem muita gente morrendo. Tinha muita gente (acampando fora do hospital), estou aqui há quatro dias e nesse tempo três pessoas saíram, contaram que seus parentes morreram e depois foram embora. Meu pai está lá (no hospital) e estou aqui esperando que me digam se meu pai está se recuperando ou não “, disse Yoselin Marticorena, em prantos, que há quatro dias acampava fora de um hospital de Lima esperando notícias do seu pai, que foi hospitalizado com Covid-19.
Pelo menos 11 hospitais em Lima – que abrigam quase um terço da população do país – ficaram sem oxigênio, disse o presidente da Federação Médica Peruana, Godofredo Talavera, no mês passado.
O Chile e a Coréia do Sul enviaram carregamentos de oxigênio para o Peru.
“Desta forma, com os embarques que vêm do Chile, com os embarques que já vêm do Equador para atender hospitais da selva norte do nosso país, com as medidas adicionais de importação de oxigênio que estamos negociando com alguns fornecedores, esperamos fechar a lacuna de oxigênio no menor tempo possível “, disse o presidente peruano Francisco Sagasti, que estava a postos para receber o carregamento.