Parte do Conselho de Segurança, Brasil tem responsabilidade em crise, diz embaixador
Ignacio Ybañez falou nesta quinta-feira (24), em entrevista à CNN, sobre a importância do Brasil diante da crise entre a Rússia e a Ucrânia
O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybañez, falou nesta quinta-feira (24), em entrevista à CNN, sobre a importância do Brasil diante da crise entre a Rússia e a Ucrânia, uma vez que o país agora faz parte do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.
“O Brasil é uma democracia bem estabelecida, que sempre defendeu a carta e agora tem a grandíssima responsabilidade de estar sentado no Conselho de Segurança. Queremos logicamente contar com o Brasil para demonstrar para a Rússia que nem tudo se pode fazer na comunidade internacional, que há regras e regras precisam ser respeitadas na comunidade internacional”, disse o embaixador à CNN.
O Brasil assumiu, em janeiro deste ano, o seu 11º mandato como membro não permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. O país foi eleito com outras 9 nações para configurar a parte rotativa do Conselho pelos próximos dois anos. Em julho deste ano, o Brasil assumirá a presidência.
Em nota divulgada em janeiro, o Itamaraty disse que o país terá como prioridade a “prevenção e a solução pacífica de conflitos, a eficiência das missões de paz e das respostas humanitárias às crises internacionais”.
À CNN, o embaixador falou que reuniu-se com líderes da União Europeia para discutir medidas e sanções a serem adotadas contra a Rússia após invasão em território ucraniano na manhã desta quinta-feira (24).
“Os líderes da União Europeia criaram um conselho e condenaram de forma clara a prática de um país em não respeitar um elemento tao básico da carta das Nações Unidas, como o respeito à soberania”, afirmou Ybañez.
O embaixador destacou as sanções a serem aplicadas à Rússia, reiterando que inicialmente os países tentaram acordos por vias diplomáticas, o que não funcionou, conforme explicou à CNN.
“Vamos tomar medidas no setor financeiro, energético, de transportes e no âmbito dos vistos. O primeiro esforço que os estados-membros fizeram é tentar deixar aberta a via da diplomacia, não funcionou, então vamos tomar medidas que serão duras para nós, mas serão muito mais duras pra a Rússia”.