Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Parlamento europeu remove vice-presidente do cargo por acusações de corrupção

    Eurodeputada grega Eva Kaili, uma de 14 vice-presidentes do parlamento, estava entre quatro pessoas detidas e acusadas na Bélgica pelo escândalo que provocou indignação em Bruxelas e ameaça prejudicar a imagem da União Europeia

    Andreas BuergerCharlotte Van Campenhoutda Reuters

    em Estrasburgo

    O Parlamento Europeu destituiu a deputada grega Eva Kaili de seu cargo sênior na assembleia nesta terça-feira devido a alegações de que o Catar, anfitrião da Copa do Mundo, teria pago propina a ela para influenciar em tomada de decisões, acusações que ela nega.

    Kaili, uma de 14 vice-presidentes do parlamento, estava entre quatro pessoas detidas e acusadas na Bélgica pelo escândalo que provocou indignação em Bruxelas e ameaça prejudicar a imagem da União Europeia.

    O caso, no qual a polícia descobriu pilhas de dinheiro, lança uma sombra sobre o Parlamento Europeu, que busca ser um guia moral, ao criticar os abusos de direitos globais e repreender os governos da UE por qualquer indício de impropriedade.

    O Catar negou qualquer irregularidade.

    O parlamento agiu rapidamente para afrouxar os laços com Kaili. Votaram a favor da medida 625 deputados, apenas um contra e duas abstenções.

    “A integridade do @Europarl_EN vem em primeiro lugar”, tuitou a presidente Roberta Metsola.

    Michalis Dimitrakopoulos, advogado de Kaili na Grécia, disse nesta terça-feira: “A posição dela é que ela é inocente, posso te dizer isso.”

    “Ela não tem nada a ver com o financiamento do Catar, nada, explícita e inequivocamente”, disse Dimitrakopoulos à Open TV em um primeiro comentário público.

    Vários Estados da UE, incluindo a Alemanha, disseram que a credibilidade da união de 27 nações está em jogo. Os países que têm enfrentado críticas da assembleia, incluindo a Hungria, membro da UE, também comentaram.

    “A partir de agora, o Parlamento Europeu não poderá falar sobre corrupção de maneira crível”, escreveu o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, no Facebook.

    A polícia belga vasculhou 19 casas e escritórios do parlamento de sexta a segunda-feira como parte de sua investigação e apreendeu computadores, telefones celulares e dinheiro.

    Nenhuma das quatro pessoas acusadas foi formalmente identificada, mas o nome de Kaili vazou rapidamente para a imprensa.