Paraguai expulsa libanês suposto operador do Hezbollah para o Brasil
Pelo fato de estar registrado no país desde 1989, como estrangeiro residente com base em vínculo familiar, o Brasil se tornou o destino de Barakat
Após ser condenado de mediar a produção e utilizar documento falso, a Justiça do Paraguai decidiu expulsar o libanês Assad Ahmad Barakat para o Brasil. Ele é suspeito de ser o líder e financiador do grupo islâmico Hezbollah na tríplice fronteira e foi colocado à disposição das autoridades brasileiras, nesta sexta-feira (9).
Pelo fato de estar registrado no país desde 1989, como estrangeiro residente com base em vínculo familiar, o Brasil se tornou o destino de Barakat. Com essa medida, ele fica proibido de retornar ao Paraguai.
Por audiência virtual, na última quinta-feira (8), os procuradores do Ministério Público paraguaio, Irma Llano e Marcelo Pecci acompanharam a condenação de Assad a dois anos e seis meses de prisão e pediram a expulsão dele do país em seguida.
Ele havia sido preso pela polícia brasileira, em 2018, por falsidade ideológica, na região de Foz do Iguaçú, estado do Paraná. Por conta de um mandado de prisão internacional emitido pela Interpol do Paraguai contra ele, em julho do ano passado, o libanês foi expulso para o país vizinho.
De acordo com investigações do Ministério Público paraguaio, Assad é suspeito de liderar uma organização na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina que se dedica à lavagem de dinheiro e oferece financiamento ao grupo xiita libanês Hezbollah.
Em nota, a Polícia Federal confirma que Assad Ahmad Barakat “ingressou em território brasileiro na data de hoje”. Procurada, a Procuradoria-Geral da República (PGR) disse que não foi informada oficialmente sobre a expulsão do libanês.