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    Para reativar economia, Austrália reabrirá fronteiras para estudantes e trabalhadores

    Primeiro-ministro do país, Scott Morrison, afirmou nesta segunda-feira (22) que a medida é 'um marco importante' para a retomada

    Mulher atravessa ponte no centro da cidade de Melbourne, na Austrália
    Mulher atravessa ponte no centro da cidade de Melbourne, na Austrália Foto: Reuters

    Renju Joseda Reuters

    A Austrália permitirá que titulares de vistos estrangeiros, incluindo alunos e trabalhadores especializados, entrem no país a partir do início de dezembro, disse o primeiro-ministro do país, Scott Morrison, nesta segunda-feira (22). Este é o mais recente passo para reiniciar as viagens internacionais e reativar a economia.

    A Austrália fechou sua fronteira internacional em maio de 2020 e permitiu que apenas um número restrito de cidadãos e residentes permanentes entrassem em uma tentativa de reduzir a disseminação da Covid-19.

    As regras foram relaxadas nas últimas semanas para permitir a entrada de familiares de cidadãos estrangeiros – e Morrison disse que isso será ampliado a partir de 1º de dezembro para permitir a chegada de estudantes vacinados, portadores de visto de negócios e refugiados.

    “O retorno de trabalhadores qualificados e estudantes à Austrália é um marco importante em nosso caminho de volta”, disse Morrison a repórteres em Canberra.

    A Austrália também permitirá a entrada de turistas vacinados da Coreia do Sul e do Japão a partir de 1º de dezembro.

    O retorno de estudantes estrangeiros, que valem cerca de 35 bilhões de dólares australianos (cerca de US$ 25 bilhões) por ano para a economia australiana, será um grande impulso para o setor de educação.

    Mais de 235 mil estrangeiros, incluindo cerca de 160 mil estudantes, tinham vistos para a Austrália no final de outubro, mostraram dados do governo.

    Muitas universidades australianas passaram a depender de estudantes estrangeiros, que representam cerca de 21% do total de matrículas, e o fechamento da fronteira levou as instituições de ensino superior a demitir centenas de funcionários.

    Muitos estudantes que ficaram fora da Austrália disseram que mudariam para universidades alternativas se não pudessem começar o aprendizado presencial em 2022.

    O relaxamento das regras de fronteira também deve aliviar a escassez de mão de obra, que ameaça impedir uma recuperação econômica.

    “Este será um alívio crítico para as empresas que estão lutando para encontrar trabalhadores apenas para manter suas portas abertas e para aqueles que precisam de habilidades altamente especializadas para desbloquear grandes projetos”, disse Jennifer Westacott, executiva-chefe do órgão da indústria, o Conselho de Negócios.

    Regras de fronteira, bloqueios rápidos e regras rígidas de distanciamento social ajudaram a Austrália a manter seus números de coronavírus muito mais baixos do que muitos outros países comparáveis, com cerca de 200 mil casos e 1.948 mortes.

    A maioria das novas infecções está sendo relatada no estado de Victoria, que registrou 1.029 casos nesta segunda-feira (22). New South Wales relatou 180 casos. Outros estados e territórios têm poucos casos.