Para auxiliares de Lula, Massa deve seguir com campanha por direitos sociais no 2°turno contra Milei
Novo presidente da Argentina será escolhido em 19 de novembro, no segundo turno das eleições presidenciais
Auxiliares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entendem que a campanha de Sergio Massa contra a perda de direitos da população argentina deve ser intensificada no segundo turno, para evitar a transferência completa de votos da Patrícia Bullrich para Javier Milei, segundo colocado na disputa de domingo (22).
Milei adotou durante todo o processo eleitoral propostas que reduzem os benefícios sociais dos cidadãos argentinos, o que foi visto como ponto chave para garantir a recuperação de Massa após as primárias.
O atual ministro da Economia da Argentina saltou quase 10 pontos percentuais das primárias para a votação deste domingo (22).
Durante o discurso, depois dos resultados do primeiro turno, Milei sinalizou que deve reduzir as falas em favor da perda de direitos sociais da população. O entendimento da diplomacia brasileira é de que o discurso mais moderado deve ser a saída encontrada pela campanha de extrema-direita para convencer eleitores de Bullrich.
Por outro lado, Massa foi aconselhado, inclusive por integrantes da campanha indicados pelo governo Brasileiro, para seguir com a campanha de que, com ele, os benefícios seguem.
Eleições na Argentina
A escolha do novo presidente da Argentina será em segundo turno, disputado no dia 19 de novembro, entre o governista Sergio Massa, que teve 37% dos votos válidos, e o candidato de extrema-direita, Javier Milei, que teve 30%. No primeiro turno, Patricia Bullrich ficou em terceiro lugar, com 23,83%.
Compareceram às urnas 77,65% dos eleitores, segundo as autoridades eleitorais argentinas, o que o secretário-geral da Presidência, Julio Vitobello, exaltou como valorização do sistema democrático.
“O povo argentino, com esta porcentagem de participação, demonstrou mais uma vez seu compromisso com o sistema democrático, sobretudo neste ano em que completamos 40 anos de vigência do sistema democrático, com todos sabendo o que custou ao povo argentino chegar ao sistema democrático”, disse.