Papa Francisco deve deixar o hospital no sábado (1º), diz Vaticano
Pontífice, de 86 anos, foi levado ao hospital Gemelli, em Roma, há dois dias, depois de queixas por dificuldades respiratória
O papa Francisco deve deixar o hospital no sábado (1º), informou o Vaticano em comunicado nesta sexta-feira (31), após os últimos exames aos quais ele foi submetido durante a manhã.
O pontífice, de 86 anos e sofrendo de várias doenças, foi levado ao hospital Gemelli, em Roma, há dois dias, depois de queixas por dificuldades respiratórias.
Em comunicado anterior, o Vaticano informou que Francisco teve uma melhora significativa na saúde após receber antibióticos para uma infecção de bronquite. “O Papa Francisco passou a tarde no hospital Gemelli dedicando-se ao descanso, à oração e a algum trabalho”, disse o Vaticano.
O cardeal Giovanni Battista Re avalia que o pontífice poderá participar de todas as celebrações da semana da Páscoa.
“Segundo as informações que tenho, ele deixará o Gemelli amanhã”, disse na sexta-feira o reitor do colégio cardinalício, Giovanni Battista Re. “Dessa forma, ele poderia presidir todos os ritos da Semana Santa”, disse Re à agência de notícias italiana Adnkronos nesta sexta-feira.
Francisco, que neste mês completou 10 anos como papa, às vezes sente falta de ar e geralmente está mais exposto a problemas respiratórios. Ele teve parte de um pulmão removido quando tinha 20 e poucos anos, quando treinava para ser padre em sua terra natal, a Argentina.
O líder dos quase 1,4 bilhão de católicos romanos do mundo também sofre de diverticulite, uma condição que pode infectar ou inflamar o cólon, e foi operado no hospital Gemelli em 2021 para remover parte do cólon.
Ele disse em janeiro que a condição havia retornado e que estava fazendo com que ele ganhasse peso, mas que não estava muito preocupado. Ele não entrou em detalhes.
Além disso, ele tem problema no joelho e alterna o uso de bengala e cadeira de rodas em suas aparições públicas.
Sua última hospitalização reavivou as especulações sobre uma possível renúncia por motivos de saúde, seguindo o precedente histórico de seu antecessor Bento XVI, que morreu em dezembro.
No entanto, Francisco indicou que seguiria o exemplo apenas se estivesse gravemente incapacitado.
Questionado pela televisão ítalo-suíça RSI em entrevista transmitida em 12 de março sobre qual condição o levaria a desistir, ele disse: “Um cansaço que não deixa você ver as coisas com clareza. Uma falta de clareza, de saber avaliar as situações”.