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    Papa Francisco continua internado em hospital; quadro melhora gradualmente, diz Vaticano

    Pontífice foi hospitalizado na quarta-feira (29) para tratar uma infecção respiratória

    Alvise ArmelliniCrispian Balmerda Reuters

    A saúde do papa Francisco está melhorando depois que ele foi hospitalizado com uma infecção respiratória, e o tratamento continua, disse o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, em comunicado nesta quinta-feira (30).

    “Sua Santidade, o Papa Francisco, descansou bem durante a noite. Seu quadro clínico está melhorando gradualmente e ele continua seu tratamento planejado”, diz a nota.

    “Esta manhã, depois do café da manhã, ele leu alguns jornais e retomou o trabalho.”

    Indicando que ele não estava confinado à cama, o comunicado dizia que ele havia orado na pequena capela dentro de sua suíte particular no hospital.

    Bruni não disse quando Francisco pode deixar o hospital Gemelli, em Roma. O Vaticano disse na quarta-feira que ele deve passar “alguns dias” lá.

    O papa foi levado inesperadamente a Gemelli após reclamar de dificuldades respiratórias, levantando novas preocupações sobre a saúde do pontífice de 86 anos, que sofre de várias doenças.

    A agência de notícias italiana ANSA informou anteriormente que a equipe de enfermagem estava “muito otimista” de que, salvo surpresas, o papa poderia receber alta a tempo para as celebrações do Domingo de Ramos, em 2 de abril – o início de uma semana agitada de cerimônias que antecedem o Domingo de Páscoa, em 9 de abril.

    Não ficou claro se o papa poderia participar dos vários serviços, mesmo que recebesse alta no fim de semana.

    No ano passado, o papa compareceu, mas não presidiu, a alguns dos serviços da Páscoa devido a uma dor no joelho. Se o mesmo acontecesse novamente, um cardeal seria nomeado para celebrar os serviços. Se o papa estiver em forma, ele poderá acompanhar os acontecimentos de uma cadeira.

    A ANSA, citando fontes hospitalares não identificadas, disse que os médicos “por enquanto” descartaram problemas cardíacos e pneumonia para Francisco. O Vaticano também disse que ele não tem Covid-19.

    Francisco, que neste mês completou 10 anos como papa, às vezes sente falta de ar e geralmente está mais exposto a problemas respiratórios. Ele teve parte de um pulmão removido quando tinha 20 e poucos anos, quando treinava para ser padre em sua terra natal, a Argentina.

    O líder dos quase 1,4 bilhão de católicos romanos do mundo também sofre de diverticulite, uma condição que pode infectar ou inflamar o cólon, e foi operado no hospital Gemelli em 2021 para remover parte do cólon.

    Ele disse em janeiro que a condição havia retornado e que estava fazendo com que ele ganhasse peso, mas que não estava muito preocupado. Ele não entrou em detalhes.

    Além disso, ele tem problema no joelho e alterna o uso de bengala e cadeira de rodas em suas aparições públicas.

    Sua última hospitalização reavivou as especulações sobre uma possível renúncia por motivos de saúde, seguindo o precedente histórico de seu antecessor Bento XVI, que morreu em dezembro.

    No entanto, Francisco indicou que seguiria o exemplo apenas se estivesse gravemente incapacitado.

    Questionado pela televisão ítalo-suíça RSI em entrevista transmitida em 12 de março sobre qual condição o levaria a desistir, ele disse: “Um cansaço que não deixa você ver as coisas com clareza. Uma falta de clareza, de saber avaliar as situações”.

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