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    Pandemia impacta renda dos negros nos Estados Unidos

    Pesquisa mostra que renda das famílias negras foi mais atingida em comparação com os brancos; descontentamento afeta popularidade de Trump

    Da CNN

    Uma pesquisa realizada pela Fundação Peterson entre 20 e 26 de maio com mais de 100 mil americanos destacou as disparidades raciais nos Estados Unidos durante a crise mundial do novo coronavírus. De acordo com os dados levantados, 74% dos negros sofreram impacto financeiro comparado a 58% dos brancos; 25% dos negros foram demitidos ou tiraram licença no trabalho desde o início do isolamento social em comparação com 19% dos brancos. 

    Em relação ao sentimento sobre a propagação do vírus, 43% dos negros disseram que o surto da Covid-19 pioraria em sua comunidade no próximo mês em comparação com 33% dos brancos. Um pagamento adicional foi considerado importante para 98% dos entrevistados negros e para 72% dos brancos.  

    Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (4), Maurício Pestana, jornalista e CEO da Revista Raça, disse que o atual presidente Donald Trump teve “uma expressiva votação da comunidade negra” em 2016 quando foi coroado candidato à Casa Branca porque tinha em seu discurso que melhoraria a economia, beneficiando inclusive a comunidade negra, “essa que foi a grande atingida pela crise do coronavírus”.

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    “Temos que lembrar que nos Estados Unidos as pessoas votam com o bolso”, disse.

    E Barak Obama, segundo Pestana, “foi o símbolo de uma época”, e havia uma expectativa que o racismo estrutural acabasse, mas isso não aconteceu. 

    “E quando vem o Trump com um discurso de que iria melhorar a economia e a questão social dos americanos em geral, muitos negros entraram nessa onda, mesmo com o discurso contraditório que ele [Trump] tinha e tem. Muitos negros votaram nele com a expectativa de que o país ficaria melhor. E ele mergulhava nessa popularidade”, contou.

    Sobre as manifestações contra o assassinado do ex-segurança George Floyd, Pestana disse que são “extremamente politizadas e é óbvio que hoje o Trump já vê que pode perder essas eleições”.

    “A grande expectativa [dos eleitores] é [saber quais serão] as medidas que vão ser realizadas para que o racismo estrutural da sociedade americana diminua ou desapareça”, afirmou.

    (Edição: André Rigue)