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    Países criam grupo para medir emissão de gases que causam aquecimento global

    Grupo que inclui o Brasil tem como objetivo reduzir a produção global da poluição responsável pelas mudanças climáticas durante a cadeia de suprimento de gás natural

    Bomba de produção de petróleo e gás natural da Bacia do Permiano, Texas, nos EUA.
    Bomba de produção de petróleo e gás natural da Bacia do Permiano, Texas, nos EUA. REUTERS/Nick Oxford

    Timothy Gardnerda Reuters

    Por Timothy Gardner, da Reuters

    Um grupo de países, incluindo o Brasil, se reuniu para avançar nos esforços de medir as emissões de gases de efeito estufa durante toda a cadeia de suprimento de gás natural, a fim de reduzir a produção global da poluição responsável pelas mudanças climáticas, informou o Departamento de Energia dos EUA nesta quarta-feira (15).

    O grupo de trabalho tem como objetivo avançar nos esforços para medir, monitorar, documentar e verificar as emissões de metano, dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa. Os países buscam fazer isso em toda a cadeia de suprimento de gás natural, incluindo produção, processamento, transporte, liquefação e distribuição do combustível.

    Os participantes do grupo são: Austrália, Brasil, Canadá, Colômbia, os países do Fórum de Gás do Mediterrâneo Oriental, a Comissão Europeia, França, Alemanha, Itália, Japão, Moçambique, Noruega, Coreia do Sul, Reino Unido e EUA.

    Brad Crabtree, secretário assistente de energia fóssil e gerenciamento de carbono do Departamento de Energia dos EUA, disse que há uma necessidade de fornecer informações comparáveis e confiáveis sobre as emissões dos produtores e exportadores de gás para os mercados globais.

    “É realmente fundamental que desenvolvamos, em nível global, uma estrutura que seja acordada e apoiada tanto pelos países importadores quanto pelos exportadores, tanto pelo lado governamental quanto pelo investimento e apoio do setor e de outras partes interessadas”, disse Crabtree à Reuters.

    Os EUA foram o maior exportador mundial de gás na forma do combustível super-resfriado chamado gás natural liquefeito, ou GNL, no primeiro semestre deste ano.

    Alguns perfuradores de gás estão trabalhando para reduzir o impacto climático do gás, incluindo a comercialização do chamado gás certificado, que, segundo eles, tem como objetivo reduzir as emissões por meio de ações como a obstrução de vazamentos ou a compra de compensações de carbono.

    O gás certificado geralmente é vendido a um preço mais alto. Alguns ambientalistas têm criticado os esforços como tentativas de vender como sustentável um combustível fóssil.

    O acordo deste grupo ocorre em um momento em que a Comissão Europeia propôs a imposição de limites de emissões de metano nas importações de gás da UE a partir de 2030, uma medida que pressionaria os fornecedores internacionais de combustíveis fósseis do bloco, incluindo os EUA, a reduzir os vazamentos do potente gás que aquece o planeta.

    Crabtree disse que os Estados Unidos acolhem os esforços dos países que importam GNL para estabelecer regulamentações sobre o metano como um sinal útil para o mercado.

    Ele disse que haverá conversações no próximo ano sobre como os países em desenvolvimento do grupo poderão medir suas emissões de gás. “Reconhecemos que nem todos os países estão no mesmo lugar”, em sua capacidade de medir e verificar.