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    Padilha recebeu no Planalto apoiador do Hamas antes do atentado

    A visita foi fotografada e publicada por Sayid, vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina, em suas redes sociais

    Raquel LandimPedro Venceslauda CNN

    Cinco dias antes do atentado terrorista contra Israel, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, recebeu um apoiador do Hamas, Sayid Tenório, no Palácio do Planalto, junto com outros representantes dos palestinos.

    A visita foi fotografada e publicada por Sayid em suas redes sociais. Sayid é vice-presidente do Instituto Brasil-Palestina. Na fotografia, Padilha aparece ao lado de Sayid e de mais uma pessoa, segurando o livro “Palestina, do mito da terra prometida à terra da resistência”, escrito pelo ativista.

    Com a explosão do conflito, Sayid fez uma série de manifestações pró-Palestina e pró-Hamas nas redes sociais. Em uma delas, ele publica uma foto do massacre de jovens pelo Hamas na festa de música eletrônica perto da fronteira com Gaza.

    “Colonos judeus ilegais sentindo na pele por um dia, aquilo que os palestinos vêm sofrendo diariamente há 75 anos”, escreve Sayid na legenda.

    Na outra, ele se manifesta a favor da prática do Hamas de fazer reféns e o classifica como movimento de resistência.

    “O movimento de resistência palestino Hamas afirma ter capturado um número suficiente de soldados e um general israelense suficiente para trocá-los por todos os palestinos mantidos ilegalmente em prisões israelenses”, disse.

    Procurado pela CNN, Padilha afirmou, por meio da sua assessoria de imprensa, que se tratou de uma “visita de cortesia” solicitada pelo embaixador do Brasil na Palestina, que também participou do encontro.

    “O ministro Alexandre Padilha já manifestou publicamente seu repúdio aos atos terroristas ocorridos no último sábado e seu desejo de que a comunidade internacional atue para conter a escalada de violência na região”, diz a nota.

    Procurado pela CNN, o ativista Sayid Tenório não se manifestou até o momento.

    Silêncio

    Assim como outras lideranças e parlamentares do PT, o ministro não citou nominalmente a organização Hamas e divulgou uma nota oficial genérica após os atentados terroristas praticados contra Israel.

    “Presto minhas condolências às vítimas dos ataques realizados contra civis em Israel. O Brasil reafirma seu repúdio ao terrorismo em todas as suas formas e não medirá esforços para evitar a escalada do conflito”, disse Padilha no Twitter.

    Na mesma mensagem, o petista disse que o presidente Lula “reforça constantemente” essa mensagem.

    “No Conselho de Segurança da ONU, o Brasil continuará desempenhando seu papel protagonista de fortalecer a paz. Reconhecemos a importância de ambos os territórios, e vamos manter esta tradição na política externa”

    A CNN perguntou à assessoria de Padilha se o ministro considera hoje o Hamas uma organização terrorista, mas não obteve resposta até o momento.

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