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    Otan tentou contato com a Rússia através da linha direta, mas não teve sucesso

    Ataque russo próximo à fronteira com a Polônia no início da semana deixou o bloco em alerta

    Faixas com o logo da Otan na sede da entidade, em Bruxelas
    Faixas com o logo da Otan na sede da entidade, em Bruxelas Divulgação

    Natasha Bertrandda CNN

    A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) tentou, sem sucesso, se conectar com a Rússia através de uma linha direta de “desconflito” e cartas, disseram oficiais militares de alto escalão da organização nesta quarta-feira (16).

    “Estamos tentando nos comunicar com eles, é claro”, disse um dos funcionários a repórteres em uma entrevista na sede da Otan. “Mas requer dois [lados] para se comunicar”, acrescentou.

    Os EUA também têm uma linha direta de desconflito com a Rússia, que foi testada e está funcionando, mas ainda não foi usada na prática, informaram autoridades.

    Os comentários sobre o assunto acontecem após ataques da Rússia a uma base militar ucraniana no início desta semana a apenas 16 quilômetros da fronteira polonesa, o que levantou preocupações de que o conflito poderia se espalhar para um país membro da Otan.

    A avaliação atual do Comandante Supremo Aliado da Europa da organização, general Tod Wolters, disseram as autoridades, é que “atualmente não há ameaça à Otan como tal. Não é uma ameaça deliberada da Rússia. A Rússia está ocupada por enquanto com a Ucrânia”.

    Mas é claro que há riscos, acrescentaram, e é por isso que agora há discussões sobre a mudança dos sistemas defensivos da Otan para o Leste.

    “Como vimos agora que a Rússia está preparada para usar novamente, no meio da Europa, meios militares para atingir objetivos políticos, vale a pena e será discutido  avançar o sistema integrado de defesa aérea e antimísseis para cobrir as áreas que são adjacentes à Rússia”, disse um dos funcionários.

    Essas regiões incluem Belarus e potencialmente a Ucrânia, acrescentou.

    O Comandante Aliado Supremo da Otan atualmente tem controle de cerca de 40 mil soldados, disse o oficial, além de centenas de aeronaves e mais de 200 navios no mar.

    Questionados sobre o pedido da Polônia na quarta-feira (16) para enviar forças da Otan à Ucrânia em uma missão de “manutenção da paz”, os oficiais militares sugeriram que o plano seria insustentável.

    “Estamos olhando para dois Estados-Nação que estão em guerra. Se eles concordarem com um acordo de paz confiável e robusto, não vejo a necessidade de uma missão de paz”, pontuou um dos funcionários.

    “E se você estiver olhando para a outra versão de ‘manutenção da paz’, que na verdade é ‘imposição da paz’, quero dizer, é a guerra com a Rússia”, explicou, acrescentando que “teríamos então que proteger e depois atirar, matar e destruir”.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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