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    Otan: Rússia precisa colaborar em inquérito de envenenamento de Navalny

    Alexei Navalny é o oponente mais popular e proeminente de Vladimir Putin

    Líder opositor Alexei Navalny discursa em Moscou
    Líder opositor Alexei Navalny discursa em Moscou Foto: Shamil Zhumatov - 29.set.2019 / Reuters

    Aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) concordaram nesta sexta-feira (4) que a Rússia precisa cooperar totalmente com uma investigação imparcial sobre o envenenamento do líder opositor Alexei Navalny, a ser realizada pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), disse o chefe da aliança.

    A Alemanha, onde Navalny está hospitalizado, disse que ele foi envenenado com o agente químico nervoso novichok.

    Até agora, Moscou não iniciou uma investigação criminal e disse ainda não haver indícios de um crime.

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    “Qualquer uso de armas químicas mostra um desrespeito total por vidas humanas, e é uma violação inaceitável das normas e regras internacionais”, afirmou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em uma entrevista coletiva.

    “Nossos aliados concordam que agora a Rússia tem perguntas sérias a responder. O governo russo precisa cooperar plenamente com a Organização para a Proibição de Armas Químicas em uma investigação internacional imparcial”, disse ele ao comentar uma reunião com embaixadores da aliança.

    Navalny é o oponente mais popular e proeminente do presidente russo, Vladimir Putin, e o anúncio alemão desta semana – de que ele foi envenenado com um agente nervoso – criou a possibilidade de mais sanções ocidentais contra Moscou.

    Stoltenberg disse que os aliados da Otan pediram a Moscou uma divulgação completa de seu programa do novichok à Opaq.

    “Aqueles responsáveis pelo ataque precisam ser responsabilizados e levados à Justiça. Uma vez após outra vimos líderes da oposição e críticos do regime russo serem atacados e suas vidas serem ameaçadas. Alguns até foram mortos”, disse ele.

    Descrevendo o caso Navalny como “um ataque contra direitos democráticos fundamentais” e também contra um indivíduo, Stoltenberg disse que os aliados da Otan continuarão a se consultar a respeito do incidente e “considerar as implicações”.