Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Otan escolhe primeiro-ministro da Holanda como próximo chefe

    Nomeação surge depois do presidente romeno, Klaus Iohannis – o seu único rival para o cargo – ter anunciado na semana passada que tinha retirado sua candidatura

    Andrew Grayda Reuters , em Bruxelas

    O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, foi formalmente escolhido, nesta quarta-feira (26), como o próximo secretário-geral da Otan, em um momento em que a guerra na Ucrânia está à porta e a incerteza paira sobre a atitude futura dos Estados Unidos em relação à aliança transatlântica.

    A nomeação de Rutte tornou-se uma formalidade depois do seu único rival ao cargo, o presidente romeno Klaus Iohannis, ter anunciado na semana passada que tinha desistido da corrida, por não ter conseguido ganhar tração em sua candidatura.

    Rutte substituirá Jens Stoltenberg, da Noruega, em 1º de outubro, que deixará o cargo após uma década no posto.

    Embaixadores dos 32 membros da aliança tomaram a decisão em uma reunião na sede da Otan em Bruxelas.

    Rutte disse que espera assumir o cargo “com grande vigor”.

    “A Aliança é e continuará a ser a pedra angular da nossa segurança coletiva. Liderar esta organização é uma responsabilidade que não assumo levianamente”, publicou ele no X (antigo Twitter).

    Depois de declarar o seu interesse no cargo no ano passado, Rutte obteve o apoio inicial de membros-chave da aliança, incluindo os Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha.

    Outros foram mais reticentes, especialmente os países do Leste Europeu, que argumentaram que o cargo deveria ser atribuído pela primeira vez a alguém da sua região.

    Mas eles acabaram por ficar atrás de Rutte, um crítico feroz do presidente russo, Vladimir Putin, e um forte aliado da Ucrânia.

    Stoltenberg disse que acolheu calorosamente a escolha de Rutte como seu sucessor.

    “Mark é um verdadeiro transatlanticista, um líder forte e um construtor de consensos”, disse ele. “Sei que estou deixando a Otan em boas mãos.”

    A Otan toma decisões por consenso, de modo que Rutte, que está se afastando da política holandesa depois de quase 14 anos como primeiro-ministro, só poderia ser confirmado quando todos os 32 membros da aliança lhe dessem o seu apoio.

    Rutte enfrentará o desafio de manter o apoio dos aliados à luta da Ucrânia contra a invasão da Rússia, ao mesmo tempo que evita que a Otan seja arrastada diretamente para uma guerra com Moscou.

    Ele terá também de enfrentar a possibilidade de Donald Trump, cético da Otan, retornar à Casa Branca após as eleições presidenciais dos EUA em novembro.

    O possível retorno de Trump deixou os líderes da Otan nervosos, uma vez que o antigo presidente republicano questionou a vontade dos EUA de apoiar outros membros da aliança caso fossem atacados.

    Tópicos