Otan acredita que China pode estar planejando enviar armas à Rússia
O secretário-geral da aliança militar voltou a criticar a invasão russa à Ucrânia nesta quinta-feira (23)
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) viu “sinais” de que a China está “considerando e pode estar planejando” enviar armas à Rússia para ajudar na guerra na Ucrânia, disse o chefe da aliança, Jens Stoltenberg, em entrevista à Reuters nesta quinta-feira (23).
“Não vimos nenhum fornecimento de ajuda letal da China para a Rússia, mas vimos sinais de que eles estão considerando e podem estar planejando isso, e essa é a razão pela qual os Estados Unidos e outros aliados têm alertado muito claramente contra isso”, disse Stoltenberg.
“E a China, é claro, não deveria apoiar a guerra ilegal da Rússia, uma flagrante violação da lei internacional”, acrescentou.
O chefe da Otan disse que a China é membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas e que a guerra da Rússia contra a Ucrânia é uma violação da Carta da ONU.
“O princípio básico dessa carta é respeitar a integridade de outras nações e não marchar e invadir outro país com centenas de milhares de soldados e, claro, a China não deve fazer parte disso”, disse ele.
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse na semana passada que Washington está preocupado com o fato de a China estar considerando fornecer “apoio letal” à guerra na Ucrânia.
Após uma reunião com o principal diplomata da China, Wang Yi, à margem da Conferência de Segurança de Munique no sábado, Blinken disse: “Eu avisei a China contra o fornecimento de apoio material à Rússia”.