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    Órgão do Reino Unido investiga se OnlyFans cumpriu medidas de verificação de idade

    Empresa afirmou que colabora para implementar e desenvolver melhores práticas de segurança online

    Logo do site OnlyFans
    Logo do site OnlyFans Gabby Jones/Bloomberg/Getty Images

    Yadarisa ShabongJason Szepda Reuters

    O regulador de mídia britânico Ofcom abriu uma investigação para saber se o site OnlyFans, que é exclusivo para adultos, está fazendo o suficiente para impedir que crianças acessem pornografia em sua plataforma, disse o órgão nesta quarta-feira (1°).

    “Após analisarmos as submissões que recebemos do OnlyFans em resposta a pedidos formais de informação, temos motivos para suspeitar que a plataforma não implementou suas medidas de verificação de idade de forma a proteger suficientemente os menores de 18 anos de material pornográfico”, destacou.

    O Ofcom ressaltou que também estava investigando se OnlyFans não cumpriu seus deveres de fornecer informações completas e precisas em resposta a solicitações legais.

    “OnlyFans trabalha em estreita colaboração com o Ofcom para implementar e desenvolver melhores práticas de segurança online, incluindo o uso de tecnologia de garantia de idade”, pontuou uma porta-voz do site.

    A representante destacou que a empresa, sediada no Reino Unido, usa o provedor de garantia de idade Yoti, mas um problema de configuração de codificação levou a um erro de relatório, que afirmava que um limite foi definido para 23 anos de idade, em um período em que ele estava definido para 20.

    “OnlyFans descobriu o erro de relatório e alterou proativamente nosso relatório para o Ofcom”, acrescentou o porta-voz.

    O problema dizia respeito apenas aos usuários baseados no Reino Unido.

    Uma investigação da Reuters publicada em março também se concentrou no processo de moderação do site, neste caso para adultos.

    Em mais de 120 casos nos Estados Unidos e 18 no Reino Unido, mulheres e homens se queixaram de que conteúdos sexualmente explícitos tinham sido publicados sem o seu consentimento.

    Em resposta, um porta-voz do OnlyFans observou que “nos poucos exemplos em que maus atores usaram indevidamente nossa plataforma”, OnlyFans “removeu o conteúdo rapidamente, baniu o usuário e apoiou ativamente investigações e processos”.

    O Ofcom ganhou novos poderes quando a Lei de Segurança Online do Reino Unido foi aprovada no ano passado, exigindo que as empresas de mídia social impeçam o acesso de crianças a pornografia e conteúdo prejudicial.

    Segundo a lei, o órgão de vigilância pode multar empresas que não cumpram até 18 milhões de libras (R$ 117 milhões) ou 10% de sua receita global, o que for maior.

    Embora a nova lei esteja sendo implementada por fases, o Ofcom continua regulando as plataformas de compartilhamento de vídeos estabelecidas no Reino Unido ao abrigo das regras pré-existente, o que inclui exigir que os sites tomem medidas para impedir que menores de 18 anos acessen material pornográfico.