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    Opositor de Putin sai de coma induzido, diz hospital de Berlim

    Alexei Navalny responde a estímulos dos médicos; ainda não é possível saber se ele terá sequelas do que Berlim classifica como envenenamento por agente químico

    O opositor russo Alexei Navalny foi retirado de um coma induzido e está respondendo a estímulos, disse o hospital Charite de Berlim nesta segunda-feira (7).

    O hospital, que trata Navalny desde que ele foi levado de avião para a Alemanha depois de passar mal em um voo no mês passado, disse que a condição dele melhorou e que o russo está saindo da ventilação mecânica.

    “Ainda é muito cedo para avaliar os efeitos potenciais de longo prazo de seu envenenamento grave”, informou o hospital, em comunicado.

    Navalny, um crítico proeminente do presidente russo, Vladimir Putin, foi levado para a Alemanha após desmaiar em um voo da cidade siberiana de Tomsk para Moscou. O avião fez um pouso de emergência em Omsk para que Navalny pudesse ser socorrido.

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    O opositor russo Alexei Navalny saiu do coma induzido e responde a estímulos
    O opositor russo Alexei Navalny saiu do coma induzido e responde a estímulos, disse hospital alemão
    Foto: Shamil Zhumatov – 29.set.2019/ Reuters

    A chanceler Angela Merkel disse na semana passada que seu governo concluiu que Navalny, de 44 anos, foi envenenado com Novichok, a mesma substância que a Grã-Bretanha disse ter sido usada contra um agente duplo russo e sua filha em um ataque na Inglaterra em 2018.

    Moscou afirma não ter evidências de que Navalny foi envenenado.

    O incidente colocou o futuro do oleoduto Nord Stream 2, uma parceria da Alemanha com a Rússia, em dúvida já que um número crescente de políticos alemães pede o cancelamento do projeto a menos que a Rússia ajude a esclarecer as circunstâncias em torno do envenenamento de Navalny.

    O porta-voz de Merkel disse nesta segunda que ela não descarta a imposição de sanções ao oleoduto em resposta à suspeita de envenenamento.

    O Novichok é um grupo mortal de agentes nervosos desenvolvido pelos militares soviéticos nas décadas de 1970 e 1980.

    A Grã-Bretanha diz que a Rússia usou Novichok para envenenar o ex-espião Sergei Skripal e sua filha na cidade de Salisbury, há dois anos. A Rússia negou qualquer envolvimento no ataque, ao qual os Skripals sobreviveram. Uma cidadã britânica foi morta acidentalmente pela mesma substância.