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    Oposição venezuelana conclui consulta popular para rejeitar Maduro

    Grupo liderado por Juan Guaidó votou para repudiar resultado da eleição parlamentar da semana passada

    Reuters

    A oposição venezuelana, liderada por Juan Guaidó, concluiu neste sábado (12) uma “consulta popular” para repudiar o governo do presidente Nicolás Maduro, após boicotar a participação na eleição parlamentar no último domingo (6). 

    A consulta começou virtualmente na segunda-feira (7) e terminou com participação presencial. Com 87% das respostas apuradas, a oposição disse que pouco menos de 6,5 milhões de pessoas participaram. Dessas, mais de 3 milhões votaram presencialmente e 2,4 milhões, online. Quase 845 mil venezuelanos que moram no exterior também depositaram votos, relatou o grupo. 

    O esforço tinha como objetivo a demonstração de amplo repúdio a Maduro, mas não oferece caminho claro para uma mudança no governo.

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    As eleições legislativas retornaram à Maduro uma maioria de aliados no Congresso, apesar da crise econômica, sanções agressivas dos EUA que sufocam as exportações de petróleo do país, e a migração de cerca de 5 milhões de cidadãos. O governo Maduro disse que 5,2 milhões de venezuelanos participaram das eleições, que registraram quase 70% de abstenção. 

    O Congresso era a última instituição do Estado que não era controlada por maioria do partido socialista. 

    A ideia de uma consulta popular foi proposta em agosto por Guaidó, que foi reconhecido por vários países como presidente legítimo da Venezuela após a reeleição contestada de Maduro em 2018. 

    Líderes da oposição e grande parte das nações ocidentais disseram que a eleição foi fraudada em favor a Maduro, que tem sido amplamente criticado por seu histórico em relação aos direitos humanos e por minar a democracia para permanecer no poder. 

    Na quinta (10), Maduro disse que “nenhuma consulta na internet tem status constitucional… Ninguém poderia pensar que uma consulta na internet tem valor legal”. 

    Blanca Marmol, ex-magistrada da Suprema Corte que ajudou a organizar a consulta popular disse em pronunciamento à imprensa que, “este é, eu quero enfatizar, o último recurso que temos na Constituição”.  

    Organizadores relataram incidentes no sábado (12) em 11 dos 24 estados da Venezuela, com a polícia e apoiadores do partido de Maduro removendo alguns dos locais de votação informal da oposição. 

    Marco Blanco, um motorista de táxi de 54 anos morador do bairro Catia, na zona oeste de Caracas, disse que ele não estava ciente da consulta popular. 

    “Eu ouvi algo sobre uma consulta, mas não sei para o que era”, disse. “Eu ouvi, mas muito vago. Quase nada”. 

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