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    ONU se mobiliza para possível surto de cólera após terremoto no Afeganistão

    Segundo a ONU, meio milhão de casos de diarreia foram relatados até o momento

    Emma Fargeda Reuters

    O escritório humanitário das Nações Unidas (ONU) afirmou que se mobiliza para evitar um surto de cólera no Afeganistão após o terremoto registrado no país na quarta-feira (22). Segundo a ONU, meio milhão de casos de diarreia aguda e aquosa foram relatados até o momento.

    “Os surtos de cólera após terremotos são uma preocupação particular e séria”, disse o escritório em comunicado nesta quinta-feira (23). “Os preparativos para evitar um surto estão em andamento”.

    O escritório também disse que busca confirmar que as operações de busca e resgate estavam quase concluídas, depois que as autoridades do Talibã indicaram na quarta-feira que estavam 90% concluídas.

    A cólera é uma doença bacteriana infecciosa intestinal aguda, transmitida pelo contato com fezes ou pela ingestão de água e alimentos contaminados. Na maior parte dos casos, a infecção é assintomática ou causa diarreia leve. No entanto, pode se apresentar de forma grave, com diarreia aquosa, com ou sem vômitos, dor abdominal e cãibras.

    Segundo o Ministério da Saúde, quando não tratada prontamente, a cólera pode levar à desidratação intensa e a graves complicações, com risco de morte. A doença está ligada diretamente ao saneamento básico e à higiene.

    Terremoto provoca mil mortes

    O número de mortos em um terremoto de magnitude 6,1 no Afeganistão na quarta-feira (22) chegou a 1.000, disseram autoridades de gerenciamento de desastres, com mais de 600 feridos. Estes números devem aumentar à medida que as informações chegam de aldeias remotas nas montanhas.

    Fotos da mídia local mostram casas reduzidas a escombros e corpos envoltos em cobertores no chão. Não se sabe o número de pessoas presas sob escombros e em áreas periféricas, e as operações de resgate são feitas em condições difíceis, incluindo fortes chuvas, deslizamentos de terra e muitas aldeias aninhadas em áreas inacessíveis nas encostas, afirmaram profissionais de saúde e de ajuda humanitária.

    “Muitas pessoas ainda estão enterradas sob o solo. As equipes de resgate do Emirado Islâmico chegaram e, com a ajuda da população local, estão tentando retirar os mortos e feridos”, um agente de saúde de um hospital na província de Paktika disse, pedindo anonimato, pois não estava autorizado a falar com a mídia.

    Montar uma operação de resgate será um grande teste para as autoridades islâmicas do Talibã, que assumiram o controle do país em agosto passado após duas décadas de guerra e foram cortadas de grande parte da assistência internacional por causa das sanções. O ministério da defesa liderado pelo Talibã está liderando os esforços de resgate.

    (Com informações de Lucas Rocha, da CNN)

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