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    ONU pede que Israel pare de usar água como “arma de guerra”

    Falta de combustível em Gaza limita distribuição hídrica para a população pobre; escassez leva pessoas a beberem água contaminada e causa doenças

    Palestinos deixam norte da Faixa de Gaza em direção ao sul do enclave durante ataques israelenses na Faixa de Gaza
    Palestinos deixam norte da Faixa de Gaza em direção ao sul do enclave durante ataques israelenses na Faixa de Gaza 10/11/2023 REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa

    Niamh Kennedyda CNNPierre Bairin

    Uma autoridade de direitos humanos da ONU pediu a Israel que pare de usar água como “arma de guerra” em Gaza, enfatizando nesta sexta-feira (17) que a falta de combustível no território está impedindo o fornecimento de água limpa.

    “Cada hora que passa com Israel impedindo o fornecimento de água potável na Faixa de Gaza, em flagrante violação do direito internacional, coloca os moradores de Gaza em risco de morrer de sede e doenças relacionadas à falta de água potável segura”, disse Pedro Arrojo-Agudo, relator especial da ONU sobre os direitos humanos à água potável e ao saneamento, disse em um comunicado nesta sexta-feira (17).

    Arrojo-Agudo afirmou que queria “lembrar a Israel que conscientemente impedir que os suprimentos necessários para água potável entrem na Faixa de Gaza viola a lei internacional humanitária e de direitos humanos.”

    Durante dias, organizações humanitárias, incluindo a Agência das Nações Unidas de Assistência e Trabalho para Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) enfatizaram a necessidade de combustível para operar estações de dessalinização e bombas de água em Gaza.

    De acordo com a UNRWA, cerca de 70% das pessoas em Gaza agora estão bebendo água “salinizada e contaminada”. O esgoto bruto também começou a fluir pelas ruas em algumas áreas, já que os sistemas de eliminação de resíduos da ONU também são afetados pela escassez de combustível.

    A desidratação e as doenças transmitidas pela água estão surgindo em Gaza devido ao “consumo de água salina e poluída de fontes inseguras”, alertou Arrojo-Agudo nesta sexta-feira.

    “Juntamente com o deslocamento de milhares de pessoas nos últimos dias, este é o cenário perfeito para uma epidemia que só punirá inocentes, mais uma vez.”

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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