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    ONU pede apoio à saúde mental para crianças afetadas pela guerra em Gaza

    "Os direitos das crianças que vivem sob o controle efetivo do Estado de Israel estão sendo gravemente violados em um nível raramente visto na história recente", diz presidente de Comitê da ONU

    Gabrielle Tetrault-Farberda Reuters

    O comitê das Nações unidas fez um apelo por “apoio psicológico maciço” para as crianças que foram traumatizadas pela violência em Gaza, na Cisjordânia ocupada e em Israel, e disse que analisaria o tratamento dado por Israel às crianças ainda este ano.

    A ofensiva militar de Israel em Gaza, lançada após um ataque mortal do Hamas no sul de Israel em 7 de outubro, deslocou a maior parte dos 2,3 milhões de habitantes do enclave palestino, deixou casas e infraestrutura em ruínas e causou escassez aguda de alimentos, água e medicamentos.

    Crianças e mulheres constituem a maior parte das quase 28.000 pessoas mortas durante a ofensiva, de acordo com as autoridades de Gaza. Em seu ataque à Israel em 7 de outubro, os combatentes do Hamas mataram cerca de 1.200 pessoas e fizeram 253 reféns.

    “Os direitos das crianças que vivem sob o controle efetivo do Estado de Israel estão sendo gravemente violados em um nível raramente visto na história recente”, disse Ann Skelton, presidente do Comitê da ONU sobre os Direitos da Criança.

    “Pedimos apoio psicossocial maciço para crianças e famílias para aliviar o impacto traumático e duradouro da guerra, incluindo as crianças israelenses que foram vítimas ou testemunhas dos ataques (de 7 de outubro) e aquelas cujos familiares foram feitos reféns”, disse ela em uma coletiva de imprensa.

    A missão diplomática israelense em Genebra disse que emitiria uma declaração sobre os comentários do comitê da ONU em breve.

    O UNICEF disse na semana passada que quase todas as crianças em Gaza precisam de apoio à saúde mental.

    Skelton disse que Israel adiou sua participação em um diálogo planejado sobre questões infantis e que agora está programado para setembro.

    “O comitê lamenta profundamente não ter tido a oportunidade de analisar Israel quando o tempo é essencial”, disse ela.

    Skelton também expressou preocupação com as crianças que vivem na Cisjordânia ocupada, que, segundo ela, “enfrentam prisões arbitrárias, execuções extrajudiciais e violência cometidas pelas forças de ocupação “.

    As forças armadas de Israel afirmaram que operam contra supostos combatentes na Cisjordânia.

    A Cisjordânia já vinha enfrentando níveis altos de instabilidade por décadas durante os meses que antecederam o ataque a Israel em 7 de outubro, mas os confrontos aumentaram drasticamente após a invasão terrestre israelense em Gaza.

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