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    ONU e governos pedem que militares respeitem ‘vontade do povo’ em Mianmar

    Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, e o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken - entre outros líderes -, condenaram a prisão de Suu Kyi

    Da Reuters*

    O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, condenou veementemente a detenção da vencedora do Nobel da Paz Aung San Suu Kyi e outros líderes políticos de Mianmar e “insta a liderança militar a respeitar a vontade do povo” do país, disse um porta-voz da ONU no domingo.

    “Esses acontecimentos representam um golpe sério nas reformas democráticas”, disse o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric. “Todos os líderes devem agir no maior interesse da reforma democrática de Mianmar, engajando-se em um diálogo significativo, evitando a violência e respeitando plenamente os direitos humanos e as liberdades fundamentais.” 

    Um porta-voz da Liga Nacional para a Democracia (NLD), partido que está no poder em Mianmar, disse à CNN que figuras importantes do governo foram detidos por militares e que o Exército “parece assumir o controle da capital”.

     

    Além da ONU, outros governos se posicionaram contrários à situação.

    O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pediu no domingo aos líderes militares de Mianmar que libertem o líder Suu Kyi e outros detidos em reides noturnos no país, segundo um comunicado.

    Blinken disse que os Estados Unidos expressaram “grande preocupação e alarme” com os relatos de detenção de funcionários do governo e líderes da sociedade civil.

    “Pedimos aos líderes militares birmaneses que libertem todos os funcionários do governo e líderes da sociedade civil e respeitem a vontade do povo da Birmânia expressa nas eleições democráticas de 8 de novembro”, disse Blinken.

    “Os Estados Unidos estão ao lado do povo em suas aspirações por democracia, liberdade, paz e desenvolvimento. Os militares devem reverter essas ações imediatamente”.

    A ministra australiana das Relações Exteriores, Marise Payne, pediu aos militares “que respeitem o estado de direito, resolvam disputas por meio de mecanismos legais e libertem imediatamente todos os líderes civis e outros” que foram detidos.

    Cingapura também afirmou que tem “grave” preocupação com o desdobramento da situação em Mianmar e pediu a todos os lados que mostrem contenção e trabalhem para um resultado pacífico, disse seu Ministério das Relações Exteriores na segunda-feira.

    “Cingapura expressa grande preocupação com a última situação em Mianmar. Estamos monitorando a situação de perto e esperamos que todas as partes envolvidas exerçam moderação, mantenham o diálogo e trabalhem para um resultado positivo e pacífico”, disse o Ministério das Relações Exteriores em um comunicado por e-mail. 

    No entanto, outros membros do grupo regional, a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), adotaram uma abordagem mais direta.

    “São os assuntos internos deles”, disse o vice-primeiro-ministro da Tailândia, Prawit Wongsuwan, a repórteres quando questionado sobre o golpe no vizinho ao norte do país. Camboja e Filipinas fizeram comentários semelhantes.

    O governo da Malásia disse esperar uma “solução pacífica” para a questão.

     

    * Com informações de Michelle Nichols, Simon Lewis e John Geddie, da Reuters

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