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    ONU diz que surtos de doenças e fome são “inevitáveis” em Gaza

    Cerco ao território impede chegada de alimentos e falta de água potável leva a problemas de saúde

    Alex HardieMohamed Tawfeeqda CNN

    À medida que o acesso a combustível e outros recursos diminui em Gaza, “surtos massivos de doenças infecciosas e fome parecem inevitáveis”, alertou nesta quinta-feira (16) o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk.

    Um esgotamento total do abastecimento de combustível “seria catastrófico em toda a Faixa de Gaza – levando ao completo colapso do sistema de água, esgoto e serviços de saúde cruciais, e pondo fim à assistência humanitária que tem sido permitida até agora”, Türk disse durante uma reunião informal na quinta-feira após sua visita na semana passada ao Oriente Médio.

    O UNICEF disse nesta terça-feira que já recebeu relatos de níveis crescentes de desidratação e mais de 30 mil casos de diarreia em Gaza.

    O chefe de Direitos Humanos da ONU também criticou a intensificação da violência e discriminação severa contra os palestinos na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental. Türk disse que os apelos de seu escritório para a redução da escalada de violência, particularmente em Gaza, foram ignorados.

    “Houve um colapso do respeito mais básico por valores humanos. O assassinato de tantos civis não pode ser descartado como dano colateral. O único vencedor de tal guerra provavelmente será o extremismo e mais extremismo”, disse ele.

    Mortes de funcionários da ONU

    Um total de 103 trabalhadores humanitários das Nações Unidas foram mortos em Gaza desde que a guerra de Israel contra o Hamas começou há mais de um mês, disse a ONU nesta quarta-feira (16).

    “Este é o maior número de trabalhadores humanitários das Nações Unidas mortos em um conflito na história das Nações Unidas”, disse a Agência de Assistência e Trabalho para Refugiados Palestinos (UNRWA) em comunicado na noite de terça-feira.

    Cerca de 1,6 milhão de pessoas foram deslocadas pela Faixa de Gaza desde 7 de outubro, de acordo com o comunicado.

    Cerca de 813 mil deslocados internos estão se abrigando em 154 instalações da ONU na Faixa de Gaza, inclusive no norte, enquanto cerca de 653 mil buscaram abrigo em 97 instalações nas áreas de Middle, Khan Younis e Rafah, disse a UNRWA.

    Cerca de 160 mil pessoas deslocadas internamente estavam abrigadas em 57 escolas da UNRWA nas áreas do norte de Gaza em 12 de outubro, antes de uma ordem de saída ser emitida pelas autoridades israelenses, informou a agência.

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